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19 de agosto de 2016

A VITRINE EXPOSTA PARA O ELEITOR, O INDUZ AO ERRO DO VOTO

O "prefeito" Vane desistiu da reeleição, sob alegação de não ter
5 milhões de reais, para gastar com convencimento do eleitor
É recorrente nesses tempos eleitorais veicular propagandas, frases feitas, discursos inflamados sobre a responsabilidade do eleitor na escolha dos candidatos a prefeito e vereador e, consequentemente, na construção de um município melhor por meio do seu “voto consciente”. Há quem acredite numa revolução por meio da escolha de um ou outro em um sistema viciado, no qual se trocam as peças, mas os grandes problemas da cidade permanecem intocados. Outra parcela dessa ideologia de culpar o eleitor pode ser creditada à vigarice mesmo, pois parece mais fácil creditar mandatos corruptos ou inoperantes a quem vota. Mas o eleitor não tem culpa. Primeiro, porque é obrigado a votar. Segundo, porque, geralmente, ele é iludido – e não só os menos informados –; boa parte dos candidatos é cercada por jornalistas, marqueteiros, publicitários, consultores políticos e uma série de outros profissionais com o objetivo de transformá-los em produtos vendáveis. O eleitor, neste caso, assemelha-se a um consumidor. Várias vezes compra mal, é induzido a levar o produto mais barato ou, aparentemente, mais vantajoso. Assim como nas relações de consumo, deveria prevalecer o seu direito de trocar ou recusar uma mercadoria estragada ou comercializada de forma enganosa. Com certeza, alguém há de lembrar de algum caso de políticos comprovadamente corruptos e mesmo assim reeleitos por parcelas da população. Soa estranha a preferência do eleitorado por candidatos corruptos e compradores de voto, mas, ainda mais absurdo é essa gente está solta e ainda poder se candidatar a qualquer cargo público no Brasil. Se o eleitor tem culpa, ele está absolvido pela omissão do poder público, em especial a Justiça, com os criminosos políticos de grande poder aquisitivo. 

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