Mandatos conquistados com compra de votos geram corruptos |
Nos últimos anos, são muitos os escândalos de corrupção, propinas, mensalões e vários outros crimes contra o patrimônio público e, consequentemente, contra o povo mais carente, que, ironicamente, mais vota em bandidos do colarinho branco. A cada investigação, esperam-se mudanças comportamentais. Infelizmente, elas não acontecem. Como bem disse o juiz federal Sérgio Moro, ao falar para uma platéia de advogados, em São Paulo: “A iniciativa privada, com dinâmica própria, tem muito mais chances de mudar rapidamente do que o poder público. A corrupção não é uma responsabilidade exclusiva do poder público. Se for assim, não vamos avançar muito porque o poder público, todos nós sabemos que, em geral, é ineficiente”. Ele tem toda a razão quando faz tal afirmação. Há no poder público muita gente com problemas seriíssimos de conduta. Mas só existem porque há na outra ponta, ou seja, na iniciativa privada, quem faça parte dos esquemas fraudulentos. É aquela velha sentença: não há diferença entre quem rouba R$ 1 ou R$ 1 milhão. A falta de princípio é a mesma. Da mesma forma, deve-se encarar essa questão entre corruptor e corruptível. Quem aceita o esquema fraudulento é tão errado quanto quem propõe. Isso deveria servir para todas as situações. Quem compra um objeto roubado é tão culpado quanto quem o rouba. Aliás, em certos casos, só há o furto porque há um comércio paralelo para a venda do objeto. Fica a dica!
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