Prefeitura Itabuna

Câmara

Câmara

27 de maio de 2016

GOVERNO DO PT USAVA LEI DA CULTURA, PARA COOPTAR ARTISTAS MILIONÁRIOS

Espetáculo canadense obtém quase 10 milhões de reais de patrocínio do erário
enquanto nenhum projeto sulbaiano é aprovado pela mesma fonte de incentivo.
Observação: o brasileiro ainda teve que pagar R$ 400,00 pelo ingresso mais barato
A Lei Rouanet nasceu bem intencionada, mas com o passar do tempo foi sendo desvirtuada em sua finalidade pelos governo de Lula e Dilma (PT), concentrando a distribuição de verbas de forma política e destinando-a a “artistas” que interessam ao governo por atuarem como “garotos (as) propaganda camuflados”. O incentivo a cultura cuja proposta inicial era de financiar projetos de novos artistas e novas manifestações culturais, passou a ser destinado apenas a "pseudo" artistas que levam milhões de reais e outros artistas já consagrados, que não precisariam da Lei mas que estão recebendo grandes fortunas. Para apoiar o partido do governo e outros de esquerda, artistas consagradíssimos e até políticos estavam mamando nas tetas do Estado através da Lei Rouanet, com projetos sem relevância artística e cultural. Artistas e projetos de apelo popular não precisam desse incentivo legal pois a notoriedade lhes confere forte apelo popular viabilizando o retorno pela bilheteria. Inversamente ao objetivo da lei, são poucos os projetos de artistas desconhecidos, mas que possuem contribuição efetiva à cultura. Dentre as destinações políticas a artistas consagrados, há outras que são, no mínimo, bizarras:
O VILÃO DA REPÚBLICA – R$ 1,5 MILHÃO - “O Vilão da República” é um documentário que contará a história e a vida de José Dirceu, desde sua participação em movimento guerrilheiros, passando por sua história pela via partidária até a sua condenação a 10 anos e 10 meses de cadeia por corrupção, em 2012. - Valor aprovado: R$ 1.526.536,35; Tipo: Filme. Ano: 2013 - Produção: Tangerina Entretenimento Ltda.
O MUNDO PRECISA DE POESIA – R$ 1,3 MILHÃO -  Possivelmente um dos blogs mais caros do mundo, “O Mundo Precisa de Poesia” tinha a intenção de levar diariamente uma nova poesia, lida em vídeo, por Maria Bethânia durante um ano. Para a execução desse projeto, o Ministério da Cultura aprovou a captação de até R$ 1,35 milhão em verbas através da Lei Rouanet, mas após as críticas, a cantora desistiu da produção. Valor aprovado 1.356.858,00; Tipo: Blog. Ano: 2011 - Produção: Maria Bethânia.
TURNÊ LUAN SANTANA: NOSSO TEMPO É HOJE PARTE II – R$ 4,1 MILHÕES - Apesar da Lei Rouanet ter sido criada com o intuito de auxiliar artista menores com pouca visibilidade, na prática as coisas funcionam um pouco diferente. Em 2014, o Ministério da Cultura aprovou um incentivo de 4,1 Os 12 projetos mais bizarros aprovados pela Lei Rouanet - milhões para a realização de uma turnê de Luan Santana em diversas cidades do país, dos 4,6 milhões solicitados pela equipe do cantor. Entre as justificativas para aprovação, o Ministério alegou “democratizar a cultura” e “difundir raiz sertaneja pela música romântica”. Valor aprovado: R$ 4.143.325,00; Tipo: Shows ao vivo. Ano: 2014 - Produção: L S Music Produções Artísticas Ltda (Luan Santana).
SHOWS CLÁUDIA LEITTE – R$ 5,8 MILHÕES - Outro famoso autorizado a captar recursos pelo Mecenato do Ministério da Cultura, Cláudia Leitte foi aprovada para captar quase R$ 6 milhões pelo programa para a realização de 12 shows em cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste em 2013. Em meio a críticas, a cantora acabou recebendo “somente” 1,2 milhão de reais em apoio. E os escândalos em torno desse projeto não assustam só pelo valores: segundo o jornal O Dia relatou na época, a produtora Ciel possuía diversas dívidas, assim como outras empresas da cantora, que teria montado um esquema com diversos CNPJs para conseguir a aprovação do MinC para a captação de verbas. Valor aprovado: R$ 5.883.100,00; Tipo: Shows ao vivo. Ano: 2013 - Produção: Produtora Ciel LTDA.
CONCERTOS APROVADOS SEM O CONHECIMENTO DO MAESTRO JOÃO CARLOS MARTINS: R$ 25 MILHÕES - Já pensou ser aprovado para receber mais de 25 milhões de reais sem precisar mover um dedo para isso? Foi o que aconteceu com o maestro João Carlos Martins, em 2013. Em novembro daquele ano, dois projetos envolvendo o músico foram aprovados para captarem um valor total de R$ 25,3 milhões pelo Ministério da Cultura. A Folha de São Paulo percebeu a aprovação e entrou em contato com o músico para saber maiores detalhes da apresentações. Foi só então que maestro descobriu que tinha sido aprovado para uma captação de recursos através da Lei Rouanet, a qual ele não havia solicitado. Diante da situação embaraçosa, o maestro solicitou o cancelamento da captação de recursos junto ao órgão. Mais tarde, investigações mostraram que a empresa solicitante, Rannavi Projeto e Marketing Cultural, havia feito o pedido sem o consentimento do maestro. A empresa também possuía dados duvidosos e não havia repassado documentos que comprovassem a sua relação com os projetos do maestro e com outros dois projetos solicitados ao MinC. Valor aprovado: R$ 25.319.712,98; Tipo: Concerto musical. Ano: 2013 - Produção: Rannavi Projeto e Marketing Cultural.
SHREK, O MUSICAL E TURNÊ – R$ 17,8 MILHÕES - A produção acima custou R$ 11,3 milhões – a captação de recurso não atingiu o limite aprovado. Se a foto já deixa algumas dúvida sobre a recepção da peça pelo público, a crítica especializada confirma algumas expectativas: o espetáculo recebeu a nota mínima, 1 de 5, na Veja SP. E, apesar do aporte multimilionário, os ingressos para a peça do ogro não saíram de graça, chegando a custar R$ 180 por pessoa. Valor aprovado: R$ 17.878.740,00; Tipo: Teatro. Ano: 2011 e 2012 - Produção: Kabuki Produções Artísticas Ltda
CIRQUE DU SOLEIL – R$ 9,4 MILHÕES - Durante sua passagem pelo Brasil em 2005, o canadense Cirque Du Soleil, maior produtor teatral do mundo, foi aprovado para captar até R$ 9,4 milhões em recursos através da Rouanet. O valor foi quase totalmente captado e recebeu aporte de empresas como Bradesco e Gol, que depois puderam solicitar o valor como desconto no pagamento de impostos, segundo o funcionamento da Lei. O problema: estas empresas também fizeram marketing e colocaram sua marca nos kits de divulgação do evento e em algumas partes do espetáculo. O valor aprovado pelo MinC também é questionável quando levado em conta o preço dos ingressos, que chegavam a custar mais que o salário-mínimo da época. No final, o seu dinheiro foi indiretamente utilizado para financiar um patrocínio privado e um dos espetáculos circenses mais caros do mundo. Que você também teria que pagar, caso quisesse assistir. Valor aprovado: R$ 9.400.450,00; Tipo: Teatro. Ano: 2005 - Produção: T4F Entretenimento S. A.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: