A manifestação contra Dilma em Ilhéus foi muito superior, se comparada a última vez que os ilheenses foram ás ruas protestar |
As manifestações ocorridas em Ilhéus e Itabuna, neste domingo/13, foram bem maiores que as anteriores e mostraram, além de ampliar as homenagens ao juiz Sérgio Moro, que a desconstrução da imagem do ex-presidente Lula foi acelerada. Sempre citado nos protestos anteriores, mas dividindo as atenções com a saída da presidente Dilma, o líder petista foi mais exposto entre os opositores sulbaianos ao Governo Federal. Mais de 1.200 ilheenses participaram da manifestação contra o governo Dilma e PT, e em apoio ao juiz Sergio Moro e ao Ministério Público Federal, na manhã deste domingo. Com bandeiras do Brasil, camisas verdes e amarelas, os manifestantes eram saldados pelos motoristas, que passavam pela praça Cairu, centro de Ilhéus. A manifestação se deslocou até a Catedral, na avenida Soares Lopes, e durante o trajeto, as palavras de ordem em apoio ao juiz Sergio Moro era ecoada. Em Itabuna, o público foi superior aos movimentos anteriores e mais de 6.000 pessoas se concentraram no Jardim do Ó, no início da tarde e saíram em direção a avenida do cinquentenário, com término na praça Adami, quando aconteceram falas de lideranças do ato, que protestaram contra Dilma, Lula e a favor do juiz Sérgio Moro. Vários integrantes da oposição foram às ruas neste domingo/13, em Ilhéus e Itabuna. A maioria não enfrentou problemas. Em Ilhéus, Paulo Ganem e Luiz Uaquim; e em Itabuna, Augusto Castro, foram muto requisitados para selfies e entrevistas. A citação do ex-presidente Lula, na suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral e a condução coercitiva do petista para depor talvez tenham servido de combustível para o aumento de pessoas nas ruas, tanto em Ilhéus, quanto em Itabuna. Em Ilhéus, o militante e pré-candidato a vereador pelo PT local, Jerberson Josué, disse que "o ex-presidente é como bolo: quanto mais bate, mais cresce". Isso, no entanto, ainda permanece no campo das intuições. Só será possível analisar se a premissa está certa ou errada na próxima sexta-feira/18, quando os petistas de Itabuna e Ilhéus vão às ruas. Mas uma coisa é certa, o processo de desconstrução do ex-presidente Lula avança. E este éum fato no país inteiro. Os números não deixam dúvidas. A pressão pela saída da presidente aumentou. Se a ponto de levar à cassação de Dilma, só os próximos protestos dirão. Com a população indo mais fortemente às ruas, como foram neste domingo, logo vem a comparação com o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Mas é preciso fazer alguns senões nesse comparativo. O ex-presidente Collor não tinha um partido como o PT, orgânico e com muita militância, por trás. Além disso, havia quase unanimidade na população pela saída dele. Hoje o País está dividido. Por fim, a presidente ainda conta com maioria no Senado, instância que ganhou poder no processo de impeachment após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que que a Casa Alta tem que se pronunciar sobre o processo.
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