A violência demasiada e covarde tem entristecido o carnaval |
Estamos em plena terça-feira de carnaval. último dia da festa do Rei Momo. O Brasil inteiro para de pensar nos seus problemas, em sua imensa desorganização, na falta de ética de muitos de seus políticos e se entrega totalmente à folia ou ao descanso. Já estamos nos momentos finais em que o brasileiro deixou pra lá suas dívidas, suas angustias e se meteu no meio do povo procurando alegria. As marchinhas memoráveis e as agitadas melodias dos carnavais passados, com letras afetivas, foram substituídas pelos trios elétricos com estilos musicais mais velozes. Os tempos foram passando e as cenas vividas do passado vão rolando pela nossa mente Felizmente uma boa turma de saudosistas, ainda tem o Pelourinho, para subir e descer suas estreitas ladeiras, com suas as músicas do passado, fazendo crianças, jovens e idosos viverem momentos de felicidade. A turma da chamada "melhor idade", aproveita estes dias para descansar e recordar. É que chegou o tempo da descida da ladeira, tempo de recordações que fazem bem ao espírito. As imagens se confundem, a memória despenca de momentos vividos, despreocupados e felizes, onde uma Colombina procurava um Pierrot apaixonado, com juras de amor, sem pensar só em sexo como nos dias atuais. Os Carnavais dos anos passados, eram Carnavais em que se misturavam a alegria e o romantismo. Belos tempos, inesquecíveis tempos, romanescos e pitorescos, alegria pura sem drogas e bebedeiras. Os blocos de mascarados, as matinês dos clubes da Mangabinha, Grapiúna, Pontalzinho... os bailes animados que aconteciam neles; as orquestras distribuídas pela rua do centro da cidade, tudo isso era uma alegria só.. Como as aguas do rio Cachoeira, foram correndo límpidas, correndo e não voltarão jamais. Hoje o Carnaval mudou. Coisas novas apareceram e se tornaram rotinas: distribuição de camisinhas, Aids, violência, sexo desenfreado, drogas.
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