TODO CUIDADO É POUCO NO COMBATE A MURIÇOCA EM ITABUNA |
Itabuna está temorosa e não é somente por causa dos homicídios constantes, que submetem a cidade à condição de 14 mais violenta no país. As muriçocas vêm tirando a paz dos itabunenses e gerando muitas reclamações da comunidade que já não sabe mais o que fazer para se livrar delas. Mas não há nessa mesma comunidade, a consciência do quanto ela é parte da causa do problema do terror às doenças como dengue, chikungunya, zika virus e síndrome de Guillain-Barré. Nos últimos dias tenho acompanhado o esforço do secretário municipal de Saúde de Itabuna, Paulo Bicalho, no combate ao mosquito Aedes Egypti; tantas toneladas de lixo e tantos criadouros encontrados e de uma forma até mesmo cética chego a terrível conclusão: as pessoas estão colhendo os frutos de sua semeadura. Isso é obvio, mas é bom enfeitar; os Jornais enfeitam, a TV enfeita, a Rádio enfeita, o governo municipal enfeita; parece que as pessoas tem medo de dizer a verdade e “meter o dedo” na ferida: Boa parte do nosso povo é um povo “porco”, é um povo “sujo”. E entra em cena a velha premissa da lei de Gérson, com políticos e líderes comunitários querendo tirar vantagem do problema. Fulana ou Fulano vai a TV e reclama do terreno baldio sujo, mas o dono do terreno não vai lá despejar o seu lixo ou o resto de sua construção! E os vizinhos só reclamam de baratas, escorpiões, cobras, ratos e acusam a prefeitura de se omitir na Limpeza: culpar-se a Bio Sanear, culpar-se a Emasa, culpa-se o peso-morto do prefeito... A maioria é hipócrita. E muito pouco se lixa, se o lixo está mandando de volta quem está se alimentando dele. Fulana ou Fulano reclama que a Dengue está aterrorizando seu bairro, mas essa mesma pessoa faz o que com seu lixo? Joga pela janela do carro? É só uma garrafinha ou copinho? Vi recentemente a cena do carro com um “espírito de porco” jogando um copo plástico no meio da rua! Esse é parte do nosso povo, que planta sujeira e colhe mosquitos. Quem sabe um dia as pessoas possam, realmente, ter um olhar para o próximo e enxergar que para cada ação nossa, acontece uma reação no próximo; enquanto isso vejo pelas ruas, terrenos e casas colecionando sacos plásticos, garrafas, pneus, vasos de plantas e muitos criadouros em potencial, aguardando a próxima femêa de mosquito botar seus ovos e mais uma vez a população bradar que a culpa é só dos incompetentes prefeito e secretários.
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