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13 de dezembro de 2015

EM ITABUNA FALTA ÁGUA E SOBRA CALOR

A Emasa pública permanecerá inútil  e ineficiente para o povo
Os moradores de Itabuna estão passando por duas provações. Além do calor acima da média para essa época do ano, quase toda população está sem água. Debaixo de um sol de 37°C, lá vai Edson e o filho à procura de água para a família. "Tem que vir todo dia com o carrinho aqui, eu e meu filho. 'Nós busca' pra nossa casa. É essa água que eu uso para tomar banho, pra cozinhar... É tudo", contou Edson Ramos, mototaxista. A falta d´água nos bairros de Itabuna atinge a maioria absoluta da população, por causa de uma longa estiagem e da falta de obras para ampliar o sistema. A obra inacabada da barragem do Rio Colônia, em Itapé, prejudica o abastecimento de municípios da região cacaueira. Já foram investidos mais de R$ 32 milhões na primeira etapa, que teve início em outubro de 2012, e há mais de dois anos a construção está parada. Sem a barragem, mais de 220 mil habitantes de Itabuna sofrem com a falta de água, além de outras cidades da região. Caso estivesse pronta, a barragem teria capacidade para armazenar 62 bilhões de litros d'água, só que desde setembro de 2013, a obra está parada. Em Itabuna, mesmo nos períodos de chuva, quem mora na parte mais alta da cidade fica sem abastecimento. Como a água usada para abastecer a cidade não vem de um reservatório, ela é retirada de dois rios. O Almada, que fica na região do rio do Braço, em Ilhéus, e o rio Cachoeira, que fica em um ponto de captação de água no bairro de Nova Ferradas, em Itabuna. Porém, essas bombas de água só podem ser ligadas quando o nível do rio não está muito baixo. Os mais de 220 mil habitantes de Itabuna dependem das condições climáticas, como a chuva, para ter ou não ter água em casa. A distribuição de água na cidade está sendo racionada. Por causa do longo período de estiagem, muitos bairros ficaram sem água. A temperatura média na cidade tem passado dos 35°C e a umidade do ar chegou a 12% nesta semana, comparável ao clima de deserto. E muitos moradores estão dependendo do estoque de água que fizeram no quintal. Carros-pipas estão sendo usados para atender aos casos mais urgentes. Mas, segundo o Procon, todos consumidores deveriam ser atendidos. A direção da Emasa deve estabelecer a garantia mínima, que é fazer o itabunense possuir pelo menos um fornecimento alternativo que é o caminhão-pipa.

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