A Emasa pública permanecerá inútil e ineficiente para o povo |
Os moradores de Itabuna estão
passando por duas provações. Além do calor acima da média para essa época do
ano, quase toda população está sem água. Debaixo de um sol de 37°C, lá vai
Edson e o filho à procura de água para a família. "Tem que vir todo dia
com o carrinho aqui, eu e meu filho. 'Nós busca' pra nossa casa. É essa água
que eu uso para tomar banho, pra cozinhar... É tudo", contou Edson Ramos,
mototaxista. A falta d´água nos bairros de Itabuna atinge a maioria absoluta da
população, por causa de uma longa estiagem e da falta de obras para ampliar o
sistema. A obra inacabada da barragem do Rio Colônia, em Itapé, prejudica o
abastecimento de municípios da região cacaueira. Já foram investidos mais de R$
32 milhões na primeira etapa, que teve início em outubro de 2012, e há mais de
dois anos a construção está parada. Sem a barragem, mais de 220 mil habitantes
de Itabuna sofrem com a falta de água, além de outras cidades da região. Caso
estivesse pronta, a barragem teria capacidade para armazenar 62 bilhões de
litros d'água, só que desde setembro de 2013, a obra está parada. Em Itabuna,
mesmo nos períodos de chuva, quem mora na parte mais alta da cidade fica sem
abastecimento. Como a água usada para abastecer a cidade não vem de um
reservatório, ela é retirada de dois rios. O Almada, que fica na região do rio
do Braço, em Ilhéus, e o rio Cachoeira, que fica em um ponto de captação de
água no bairro de Nova Ferradas, em Itabuna. Porém, essas bombas de água só
podem ser ligadas quando o nível do rio não está muito baixo. Os mais de 220
mil habitantes de Itabuna dependem das condições climáticas, como a chuva, para
ter ou não ter água em casa. A distribuição de água na cidade está sendo
racionada. Por causa do longo período de estiagem, muitos bairros ficaram sem
água. A temperatura média na cidade tem passado dos 35°C e a umidade do ar
chegou a 12% nesta semana, comparável ao clima de deserto. E muitos moradores
estão dependendo do estoque de água que fizeram no quintal. Carros-pipas estão
sendo usados para atender aos casos mais urgentes. Mas, segundo o Procon, todos
consumidores deveriam ser atendidos. A direção da Emasa deve estabelecer a
garantia mínima, que é fazer o itabunense possuir pelo menos um fornecimento
alternativo que é o caminhão-pipa.
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