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12 de dezembro de 2015

A CRISE ECONÔMICA FAZ MÃES SE PROSTITUIREM PARA PAGAR DÍVIDAS EM ITABUNA

Quanto maior a crise econômica, maior o número de pessoas
usando e sendo usadas pelo comércio da prostituição
Uma das consequências da crise econômica e do agravamento do desemprego em Itabuna, é que o número de prostitutas nas ruas e praças da cidade está aumentando vertiginosamente, sobretudo de mulheres casadas, entre os 30 e os 40 anos, e com filhos. "Tem, de fato, aumentado muito o número de mulheres casadas na prostituição, que encontram nesta atividade a última e desesperada saída para o pagamento das suas contas e, quantas vezes, para dar de comer aos filhos", disse-me uma amiga, cujo local de trabalho noturno, é um hotel nas imediações da rodoviária de Itabuna, sublinhando que "na esmagadora maioria dos casos, os maridos não sabem que as suas mulheres se prostituem". Segundo essa minha amiga, que não quis se identificar, nesta condição há "uma situação terrivelmente preocupante", uma vez que "as novas prostitutas são mulheres de classe média que perderam o emprego e que se encontram atoladas em dívidas". O aumento da prostituição tem-se verificado sobretudo na rua e nas praças, mas também nos bares, restaurantes, boates e clubes. Minha amiga anônima me revelou um caso, que retrata a situação de Renata (nome fictício), que tem 37 anos, é casada e mãe de três filhos menores. Representante Comercial de profissão, tinha uma casa e um carro em 2009, quando ficou desempregada; acontecendo o mesmo ao marido, um ano depois. Ficou sem a casa e sem o carro por não conseguir pagar as parcelas dos financiamentos. A família vive agora num pequeno apartamento mas, esgotadas todas as ajudas da família e dos amigos, não viu outra saída senão a prostituição. Renata disse para a minha amiga, que "Se vende para dar comida aos filhos", acrescentando que vive "triste, escondida e amargurada".

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