Prefeitura Itabuna

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15 de novembro de 2015

SÃO NECESSÁRIOS 5 MILHÕES DE REAIS PARA ELEGER UM PREFEITO EM ITABUNA


Sob alegação de não possuir 5 milhões para gastar na campanha

E não querer roubar na prefeitura, Vane já desistiu de se candidatar
A campanha eleitoral mais curta em décadas – aliada a uma crise econômica sem previsão de fim – poderia sugerir menos gastos nas eleições municipais de 2016. No entanto, a necessidade de ocupar espaços nas novas mídias e a liberação legal para propaganda antecipada na internet, ao lado do vale-tudo pelo voto, podem agregar mais custos do que se imagina. Diante desse mix de condições, parece difícil prever o tamanho do derrame de dinheiro dos futuros candidatos a prefeito e vereadores de Itabuna em 2016. Para os marqueteiros políticos, principais especialistas no assunto, uma coisa é certa: a inteligência dos estrategistas de campanha continuará custando caro. Em 2012, os seis candidatos à prefeitura de Itabuna declararam ter gasto quase R$ 8,5 milhões na disputa. O vencedor, Claudevane Leite (PRB), anunciou investimentos mais do que todos os adversários juntos: foram R$ 5 milhões que ajudaram a garantir 41,62% do total de votos. Quatro anos depois, muitas mudanças nas regras desenham um cenário diferente daquele pleito. O tempo de campanha eleitoral caiu pela metade, de 90 dias para 45 dias. Quando se trata de propaganda na televisão e no rádio, o período passa a 35 dias, dez a menos do que nas eleições anteriores. Apesar de menos dias, o tempo diário de inserção nesses meios de comunicação aumentou de 30 minutos para 70 minutos. Por outro lado, a pré-campanha foi liberada. Os pretendentes a vagas no Executivo ou Legislativo Municipal podem, desde já, anunciar que serão candidatos – só não podem pedir votos explicitamente. Com isso, atividades para divulgação de ideias e a propaganda na internet estão permitidas, sem risco de os possíveis candidatos incorrerem no antigo crime de propaganda antecipada. Ambas as situações, ainda que não pareçam, podem inflar os gastos dos candidatos. O marqueteiro político Giorlando Lima, que atuou na vitoriosa campanha majoritária da eleição passada em Itabuna, explica que os dez dias a menos na TV e no rádio não implicam em menos trabalho para as equipes de comunicação – que são o cérebro e o esqueleto das campanhas. “Essa mudança tem um impacto na quantidade de guias e inserções que vão ao ar, mas, na realidade, o trabalho de pesquisa tem que começar com antecedência. A dedicação vai ser a mesma para a pesquisa, a criação de roteiros, a redação dos guias eleitorais. Tudo isso vai demandar o mesmo trabalho das pessoas. Não é porque se reduziu dez dias que vai haver uma mudança substancial, não acredito nisso”, afirma.

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