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9 de novembro de 2015

MESMO COM A CRISE, A BAHIA MORIBUNDA AINDA CONSEGUE RESPIRAR

OS BAIANOS RESISTEM À CRISE E SE MOSTRAM VIGOROSOS
O motorista que circula pelas cidades e rodovias do Estado já deve ter percebido que abastecer os veículos está pesando mais no bolso. A gasolina, está sendo a responsável direta por nova alta na inflação, que tem sido a maior em 19 anos e remete a uma época que o brasileiro não quer manter em suas recordações. A década de 1990, logo após a primeira eleição da era da redemocratização do Brasil, exigiu da população um esforço hercúleo para sobreviver em uma economia em fase de cruéis ajustes financeiros. Durante a inacabada gestão de Fernando Collor, por exemplo, a inflação explodia em quatro dígitos por mês, o desemprego chegava ao ápice e as aplicações em poupanças eram congeladas pelo governo, apenas para citar as medidas mais graves. Veio o Plano Real e o furacão se rebaixou à nível de uma tempestade tropical aos poucos. Hoje, em 2015, empresas de todos os portes têm fechado as portas, afundadas em dívidas. A indústria oscila com forte tendência a perder cada vez mais terreno e os efeitos a partir daí afetam todas as áreas produtivas. A Bahia ainda consegue não sair pela tangente porque está sustentado pelas indústrias petroquímicas, automobilística e agronegócio, setores que seguem se sustentando pelas vendas ao mercado externo - nesse caso até a alta do dólar é positiva. Mas esse fato não cria uma bolha de proteção na qual a população local se protege das turbulências financeiras. Todos os brasileiros sentem gradativamente os efeitos de uma economia em retração, seja no estranhamento ao comprar qualquer produto que até pouco tempo era mais barato, seja na dificuldade de lidar com pesadas taxas e impostos no dia a dia. A expectativa é de que o ajuste fiscal, responsável em parte pela péssima popularidade da presidente, tenha o poder de, lá na frente, ao menos não nos tirar dos trilhos definitivamente.

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