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9 de novembro de 2015

CAIR NA REDE NÃO É FÁCIL

O Professor Guilherme Santos coordena a Rede no sul da Bahia
Partido da ex-senadora Marina Silva impõe uma série de critérios para aceitar filiações. Peixe grande da política nacional ou arraia miúda das disputas paroquiais, não vai ser fácil cair na Rede da ex-senadora Marina Silva. Diferente de alguns novos partidos que vêm ampliando seus quadros com regras mais flexíveis, a  Rede Sustentabilidade está impondo uma série de condições para aceitar as novas filiações em todo o país. Pessoas que não têm sustentabilidade moral como, por exemplo, os políticos “fichas sujas”,  aqueles que defendem uma agenda conservadora, os que pregam o retrocesso democrático e também os que não estão comprometidos com a preservação do meio ambiente, não são benvindos na legenda de Marina. O advogado Júlio Rocha, coordenador nacional de formação da Rede Sustentabilidade e coordenador-geral na Bahia (equivalente à presidente regional), dá uma ideia da cautela na aceitação de novos filiados: “Temos, hoje, uma demanda muito grande de interesse. Cerca de 300 vereadores querem ingressar na Rede, mas a tendência do partido é receber de 15 a 20 deles”. A Rede vem trabalhando como um garimpeiro que peneira bastante a bateia para separar pedregulhos de pedras mais nobres. “Somos um partido de quadros, não um partido de massa”, diferencia Júlio Rocha. Segundo ele, para ingressar na legenda é preciso abraçar o Manifesto da Rede e estar de acordo com o  conteúdo programático do partido. Por isso, têm prioridade nas filiações pessoas que atuam em segmentos como sustentabilidade, cultura, ambientalistas, ativistas autorais e jovens que trabalham com as redes sociais. Entre as bandeiras que os filiados devem estar dispostos a defender estão: um projeto de desenvolvimento socialmente includente e ambientalmente sustentável; a reforma do sistema político; educação pública de qualidade e universal; democratização do sistema de comunicação; respeito aos direitos humanos; redução das desigualdades e erradicação da pobreza; universalização e melhoria dos serviços de saúde; e defesa dos direitos dos animais; reforma urbana para transformar as cidades em espaços saudáveis; política externa baseada na cultura da paz, na promoção dos direitos humanos, da autodeterminação dos povos e do não intervencionismo bélico. E quem não aceitar pelo menos um desses compromissos? “Procure outro partido”, aconselha o coordenador estadual da Rede. Para as eleições municipais do próximo ano, o partido vai apresentar candidatos nas capitais e nas maiores cidades do país. Nos próximos dias 11 e 12 de dezembro, a Rede vai anunciar os pré-candidatos nos maiores colégios eleitorais. O registro do partido foi reconhecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em setembro passado, a pouco mais de um ano das eleições e depois de dois anos de luta. A legenda recebeu o n° 18. “A rede é um partido que já nasce grande, carimbado pela maioridade”, brinca Júlio Rocha. Por Por Elieser Cesar - bahia.ba.

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