Governo que não investe em educação, relega o povo à miséria |
De acordo com
os dados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), divulgados pelo
Ministério da Educação, pouco mais de 56% dos estudantes do 3º ano fundamental
de escolas públicas não conseguiram superar os dois primeiros níveis do
aprendizado de matemática. Na prática, isso significa que eles não conseguem,
por exemplo, resolver alguns tipos de problemas com número naturais maiores que
20 e ler horas em relógio analógico. No caso da escrita, que tem cinco níveis,
cerca de 65% dos alunos alcançaram os dois melhores patamares da avaliação, o
que significa que eles têm capacidade de escrever palavras com diferentes
estrutura silábicas e um texto corretamente e com coerência. Na leitura, a
maioria dos alunos (55%) ficou nos dois piores níveis, dentre quatro,
significando que eles não conseguem localizar informação explícita em textos de
maior extensão e identificar a quem se refere um pronome pessoal. Podem-se
atribuir as deficiências nas duas disciplinas mais importantes a um conjunto de
fatores. Mal remunerados e com uma formação deficiente, nossos professores
muitas vezes nem dominam os conteúdos que ensinam nem aprenderam a dar aula.
Conhecem teorias de autores consagrados, mas não aprenderam a traduzir isso em
práticas testadas e comprovadas em sala de aula. Além disso, enfrentam salas de
aulas superlotadas e não dispõe de uma estrutura adequada. O País gasta muito
mais com a educação superior pública do que com que a básica. O
levantamento revela, portanto, que ainda estamos longe de ser a “pátria
educadora”, com ensino de qualidade para todos.
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