| Até ladrões tem roubado ladrões no governo do PT |
João Bernardi Filho, funcionário da fornecedora de equipamentos de petróleo
Saipem, foi alvo de uma saidinha bancária em outubro de 2011. No dia do
assalto, ele saiu da agência do Citibank no Centro do Rio de Janeiro com R$ 100
mil em uma valise. A vítima afirmou para a polícia, na época, que o valor se
referia a um empréstimo, mas para o Ministério Público Federal seria para o
pagamento de propina ao então diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque. O
objetivo seria o favorecimento da Saipem na licitação para a instalação de um
gasoduto submarino, contrato que chegou a R$ 249 milhões. No dia do assalto,
Bernardi carregava a valise – supostamente em direção à sede da estatal –
quando foi rendido por Fernando Lourenço Lopes, de 27 anos. Segundo a Folha de
S. Paulo, um policial militar viu a ação e correu atrás do assaltante. Lopes
tentou atirar, mas a arma travou e ele acabou sendo atingido por um tiro na
perna, disparado pelo PM. Quando Lopes caiu, cerca de R$ 47 mil teria se espalhado
pelo chão e o resto “desaparecido”. Segundo o MPF, Bernardi visitou Duque um
dia após o ocorrido, quando teria entregue a propina. O roubo do valor teria
levantado suspeitas dos procuradores em relação às visitas de Bernardi, que
acabou preso em junho deste ano, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e
ocultação de bens. Condenado, Lopes conseguiu migrar para o regime semiaberto
em 2014. Após receber autorização para visitar a família, ele fugiu e agora é
considerado foragido.
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