![]() |
| A impunidade permanece beneficiando o chefe da máfia do PT |
O cirurgião
plástico Olavo Horneaux de Moura Filho, preso na Operação Pixuleco – 17.º
capítulo da Lava Jato -, declarou à Polícia Federal que o ex-ministro José
Dirceu (Casa Civil do governo Lula), era chamado de “professor”. “A turma do
Dirceu era a turma do professor”, disse Olavo, irmão gêmeo do empresário
Fernando Moura, personagem emblemático da Pixuleco, apontado pela PF como elo
do PT e do ex-ministro com o esquema de propinas na Petrobrás. Olavo e seu
irmão são alvos da Pixuleco. Fernando está preso em caráter preventivo. Olavo
depôs à força-tarefa da Lava Jato. Disse que, em 2009, “passou por um momento
financeiro difícil” e pediu dinheiro a seu irmão Fernando. Algum tempo depois,
segundo o médico, o irmão o comunicou que não tinha como lhe fornecer
diretamente o dinheiro, mas que Milton Pascowitch o faria. Pascowitch é
apontado pela PF como lobista e operador de propinas na Diretoria de Serviços
da Petrobrás, cota do PT na estatal. Sua empresa, a Jamp Engenheiros, manteve
contrato com a JD Assessoria e Consultoria, de José Dirceu. Segundo Olavo
Moura, o lobista depositou “cerca de R$ 200 mil em sua conta, de forma
fracionada” e mais R$ 240 mil na conta de seu filho, Thiago, que iria se casar.
Olavo Moura disse que “nunca devolveu o valor a Pascowitch uma vez que
solicitou o dinheiro a seu irmão Fernando”. O cirurgião afirmou que os valores
foram declarados no Imposto de Renda sob a rubrica “doação”, por orientação de
Pascowitch, embora admita que “não tenha se tratado de doação, mas sim de um
empréstimo solicitado a seu irmão”. Pascowitch fez delação premiada, por isso
saiu da prisão e está em regime domicliar. À PF, ele afirmou que pagava R$ 180
mil mensais para Fernando Moura. “Por vezes”, os valores eram recebidos pelo
próprio Olavo Moura.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.