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28 de agosto de 2015

IDOSO DENUNCIA QUATRO POLICIAIS POR TORTURA

É pertinente o povo compreender, que nem todos PMs são bandidos
Quatro policiais lotados na 36ª Companhia Independente da PM de Dias D'Ávila foram presos na semana passada após um homem de 62 anos denunciar à Corregedoria da Polícia Militar ter sido torturado pelo grupo no último dia 14 de junho. Segundo informações do portal Brasil Post, o tenente Isaias de Jesus Neves e os soldados Marcos Silva Barbosa, Alexandro Andrade das Neves e Carlos Eduardo de Sousa Torres foram presos preventivamente, porque o juiz militar responsável pelo caso, Paulo Roberto Santos, determinou a medida "extrema e excepcional", por considerar ser "de extrema necessidade" para que pudesse ser feita a instrução criminal, para proteger as testemunhas e para garantir a ordem pública, pois as agressões cometidas pelo grupo "demonstra sua periculosidade". Ainda de acordo com o Brasil Post, o idoso relatou que foi levado por volta de 0h, quando teve sua casa arrombada pelos policiais. Durante a sessão de tortura, que durou mais de uma hora e meia, os PMs chegaram a introduzir um cabo de vassoura em seu ânus. Segundo os laudos médicos, o homem apresentava feridas nos punhos, nos ombros, na mandíbula, nos joelhos, uma perfuração sangrante na região do ânus e fissuras no esfíncter. O idoso afirma que os policiais conseguiram seu endereço após torturar um usuário de drogas e que eles acreditavam que ele era um traficante que os agentes procuravam. Além da tortura, ele diz que os policiais o extorquiram, levando R$ 200 em cédulas e a mesma quantia em moedas. A vítima foi vendada e levada em uma viatura para outros locais onde foi agredido novamente e sofreu ameaças – os PMs diziam que ateariam fogo em seu corpo com gasolina. De acordo com seu relato, no entanto, ele foi levado para sua residência após os policiais perceberem que ele não era a pessoa que procuravam. Ao Brasil Post, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) classificou o ocorrido como um "caso de agressões", condenou o fato e afirmou que, paralelamente ao processo criminal, um processo administrativo decidirá sobre a permanência dos agentes na corporação.

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