É pertinente o povo compreender, que nem todos PMs são bandidos |
Quatro policiais
lotados na 36ª Companhia Independente da PM de Dias D'Ávila foram presos na
semana passada após um homem de 62 anos denunciar à Corregedoria da Polícia
Militar ter sido torturado pelo grupo no último dia 14 de junho. Segundo
informações do portal Brasil Post, o tenente Isaias de Jesus Neves e os
soldados Marcos Silva Barbosa, Alexandro Andrade das Neves e Carlos Eduardo de
Sousa Torres foram presos preventivamente, porque o juiz militar responsável
pelo caso, Paulo Roberto Santos, determinou a medida "extrema e
excepcional", por considerar ser "de extrema necessidade" para
que pudesse ser feita a instrução criminal, para proteger as testemunhas e para
garantir a ordem pública, pois as agressões cometidas pelo grupo
"demonstra sua periculosidade". Ainda de acordo com o Brasil Post, o
idoso relatou que foi levado por volta de 0h, quando teve sua casa arrombada
pelos policiais. Durante a sessão de tortura, que durou mais de uma hora e
meia, os PMs chegaram a introduzir um cabo de vassoura em seu ânus. Segundo os
laudos médicos, o homem apresentava feridas nos punhos, nos ombros, na
mandíbula, nos joelhos, uma perfuração sangrante na região do ânus e fissuras
no esfíncter. O idoso afirma que os policiais conseguiram seu endereço após
torturar um usuário de drogas e que eles acreditavam que ele era um traficante
que os agentes procuravam. Além da tortura, ele diz que os policiais o
extorquiram, levando R$ 200 em cédulas e a mesma quantia em moedas. A vítima
foi vendada e levada em uma viatura para outros locais onde foi agredido
novamente e sofreu ameaças – os PMs diziam que ateariam fogo em seu corpo com
gasolina. De acordo com seu relato, no entanto, ele foi levado para sua
residência após os policiais perceberem que ele não era a pessoa que
procuravam. Ao Brasil Post, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA)
classificou o ocorrido como um "caso de agressões", condenou o fato e
afirmou que, paralelamente ao processo criminal, um processo administrativo
decidirá sobre a permanência dos agentes na corporação.
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