Ninguém deve ser constrangido, porque é negro, pobre, ou gay |
Houve nos Estados Unidos da América, a liberação do casamento gay e o Facebook incentivou seus usuários a colorir suas fotos como um arco-íris. Como poucas vezes antes, isso fez as pessoas saírem de seus armários, para se posicionar sobre suas ideologias. O que inundou a rede, contudo, mais que as cores, foram as manifestações contrárias à união homoafetiva. Interessantemente, elas pareciam se incomodar menos com o fato em si do que com o apoio dos héteros à causa. Resumido e despido das obscenidades, o pensamento era o de que quem apoia a causa gay, é gay também, mesmo que enrustido. Essa ideia é a própria alma da discriminação. É por essa interpretação distorcida da história que não temos o dia da abolição. Sendo a princesa Isabel branca, o feriado foi substituído pelo dia da consciência negra, onde ao invés de festejarmos a igualdade, somos conclamados a nos reunir em grupos de diferentes. Uma pesquisa com cantores de rap brasileiros mostrou que 95% versavam contra o racismo, porém 100% eram homofóbicos. Não entenderam que preconceito é uma coisa só, se você é a favor de um, é a favor de todos. E antes que venham falar de família, não custa lembrar que, se o Brasil foi o último grande país escravagista, muito foi porque a abolição era vista como "uma ameaça à sociedade tradicional brasileira".
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