Cargos públicos são barganhados por apoios de deputados subservientes |
Um mês após a bancada baiana na Câmara dos Deputados ter se reunido com o chefe do escritório do governo baiano em Brasília, Jonas Paulo, as reclamações sobre a definição dos cargos do terceiro escalão ainda continuam por parte dos parlamentares. A principal queixa gira em torno da demora em cumprir o prometido para a bancada baiana, de que os cargos seriam indicados por deputados federais mais votados nas regiões do Estado, onde estão localizados os órgãos federais. As tratativas têm à frente não só Jonas Paulo, mas também o coordenador da bancada baiana no parlamento federal, o José Carlos Araújo, e o secretário de Relações Institucionais Josias Gomes. Nos bastidores políticos, ventila-se a informação de que a própria base do governador - PP, PCdoB e o PT - estaria insatisfeita com a falta de consistência que o diálogo vem tendo sobre a articulação e, cada vez mais, fica certa de que o governo vai deixar os cargos à mercê das decisões do governo federal, sob a articulação do vice-presidente Michel Temer (PMDB), numa tentativa da Presidência de acalmar os ânimos de deputados no Congresso que podem vir a se rebelar contra a presidente Dilma Rousseff. O deputado federal Jorge Solla (PT), é um dos mais insatisfeitos e desabafa: "Até o momento não indiquei nenhum cargo nem no governo federal e nem estadual e nem fui procurado pelo governo estadual". De acordo com Josias Gomes, existem no Brasil cinco órgãos com dissidências diretas no desenvolvimento do Nordeste, como Chesf, Codevasf, Sudene e Dnocs, que, juntos, têm 26 diretorias no Estado.
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