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21 de julho de 2015

A VAIA COMO ESTRANHA PRÁTICA DE DEMOCRACIA

O tempo tem sido “vaiador” para o vice Wenceslau Junior
Em meio à alta temperatura do antecipado debate político e eleitoral em Itabuna, episódios envolvendo a hostilização de figuras públicas vêm se tornando cada vez mais constantes. No último fim de semana, o vice-prefeito, Wenceslau Júnior (PC do B), foi alvo de provocações e vaias enquanto acompanhava lutas de box e MMA no ginásio do Grapiúna Tênis Club. Em momentos anteriores, Wenceslau já havia sofrido constrangimento semelhante quando participava de evento festivo na Usemi. Geraldo Simões (PT) até já está acostumado a essa situação, pois é quem mais é vaiado na cidade. O prefeito Claudevane Leite (PRB), evita se expor em atos públicos, temendo a reação de rejeição do povo. Recentemente, outro comunista, também foi hostilizado em ato de posse do médico Antonio Mangabeira, na Câmara Municipal de Vereadores de Itabuna, quando Davidson Magalhães acabou sendo repreendido e vaiado publicamente, por peemedebistas, ao discursar sobre corrupção e denunciar apenas Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Davidson pecou em omitir nomes do PT e do próprio PC do B, envolvidos em práticas de corrupção. No país também há exemplos. No ano passado, durante a abertura da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff foi alvo de vaias e xingamentos. Mas os ataques não se limitam a personalidades ligadas ao governo ─ e, portanto, mais "à esquerda". Figuras como os deputados Marco Feliciano (PSC-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ) também foram alvos de escárnio e constrangimento público. Estes fatos requer que reflitamos e busquemos responder à seguinte questão: "A hostilização de uma pessoa pública é certo ou errado?" Acredito que a imensa maioria dos nossos leitores se manifestarão a favor da liberdade de se manifestar contra representantes da cena política em qualquer local, mesmo que na intimidade de sua vida privada. Creio que exigir dessas pessoas, faz parte dos direitos de cada cidadão e cidadã, se eles não gostam que por favor saiam do lugar que estão. Acho válido, afinal vivemos em uma democracia, temos direito à liberdade de expressão, e eles, como nossos representantes, têm o dever de nos ouvir. Se a pessoa vota em determinado político tem o direito de fiscalizar e cobrar.

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