Nunca os trabalhadores estiveram em tanto perigo quanto agora |
Em todo o Brasil, trabalhadores e trabalhadoras participaram
de atos públicos para marcar a comemoração de seu dia. E a realidade dos
trabalhadores tem mudado muito rapidamente. O mundo do trabalho passou por
alterações profundas. No centro dessa mudança está o fenômeno da globalização.
Outro fator importante foi a revolução tecnológica. A globalização incorporou no mercado
internacional milhões de pessoas na Ásia, na América Latina e em outras partes
do mundo, seja como consumidores, seja como trabalhadores assalariados.
Disseminou também a terceirização, por meio da qual uma rede de pequenas e
médias empresas realiza trabalhos necessários à expansão da produção e do
consumo das grandes empresas. A consequência disso foi o aumento do trabalho
informal, sem registro em carteira. No
Brasil, em particular, a classe trabalhadora vive este ano um período de
apreensão. Com crescimento econômico e desemprego nos menores níveis da
história, o Brasil vem enfrentando uma fase de retração. A economia patinha, as
empresas fecham postos de trabalho, a inflação usurpa parte do orçamento
doméstico. Tudo isso gera um clima de insatisfação e desalento. Além disso,
muitas das chamadas conquistas da classe trabalhadora vêm sendo questionadas em
nome da flexibilização das relações produtivas. Alguns projetos em tramitação
no Congresso são vistos como ameaças para o trabalhador, como o que libera a
terceirização em todos os níveis, inclusive nas atividades-fim das empresas.
Para completar, em seu plano de ajuste fiscal, o governo decidiu alterar as
regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. Por isso, este é
um momento de reflexão e de união dos trabalhadores para que as mudanças não
venham para precarizar as relações de trabalho. Seria um retrocesso.
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