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Câmara

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22 de abril de 2015

2016 X 2018. UM CASAMENTO SEM VOLTA

Artigo é recado lúcido para o maluco do Lúcio
É de um dos mais ilustres políticos do Brasil, o Dr. Ulisses Guimarães (PMDB), a frase que deveria servir de parâmetro para os líderes dos principais partidos da atualidade. Segundo ele, "ninguém mora na nação ou no estado, mas na cidade." Parece passar despercebida entre as lideranças baianas as próximas eleições de 2016 e sua importância para os mesmos, principalmente porque elas servirão de ensaio para as eleições estadual e nacional de 2018. Pautados por projetos semelhantes, os dois blocos, oposição e situação, parecem utilizar da mesma estratégia para alcançar o poder, unificar suas forças nas principais cidades da Bahia, a fim de conquistar o voto pelo voto, o poder pelo poder. Não se tem notícia de que esses "grupos" estejam cuidando de preparar-se, tanto para selecionar seus candidatos às prefeituras das principais cidades da Bahia quanto para preparar suas representações nas câmaras de vereadores, haja vista, parecer que as lideranças políticas de cada município, não serão necessariamente ouvidas ou vistas sobre o prisma de um projeto local. O reflexo disso não se experimentará agora, nesse pleito, mas sim em 2018, quando esses partidos descobrirem que seus projetos dependeram dos erros e acertos de 2016, das escolhas e da falta delas. O caminho de um partido é o poder, mas a sigla não pode se sobressair aos seus membros partidários e os líderes não podem sobreviver sem os seus liderados. A oportunidade ímpar surge na hora em que o Congresso, mais uma vez, lança-se na tentativa de realizar a sempre tão falada e jamais realizada reforma política. Tanto faz se haverá ou não redução do número de partidos, com ou sem cláusula de barreira. Se os chamados grandes partidos não se esforçarem para viabilizar 2016 em outros termos, perderão espaço para dois anos depois. Seria fundamental para todos começar a elaborar programas para os municípios, demonstrar respeito às divergências, aos líderes, e aos acordos locais. Esse sim será o caminho para a construção de um projeto mais amplo, estadual e nacional. Valendo lembrar aquele velho provérbio árabe de que "bebe água limpa quem chega primeiro na fonte". Por Pedro Arnaldo Martins, presidente do diretório do PMDB em Itabuna.

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