Corrupção do PT faz muita gente ter saudade de 64 |
Depois de
marcar presença nas manifestações contra o governo realizadas em 15 de março,
grupos que reivindicam a tomada de poder pelos militares voltarão às ruas no
próximo dia 28, quando tentarão reeditar a Marcha da Família com Deus pela
Liberdade, ocorrida em 19 de março de 1964, em São Paulo, e que ajudou a
impulsionar o golpe militar que tirou João Goulart da Presidência da República.
Chamada apenas de Marcha da Família, as caminhadas do próximo dia 28 estão
sendo organizadas via redes sociais e planejadas para ocupar as ruas de várias
capitais do País, com foco especial em São Paulo e no Rio de Janeiro. "Existe
um simbolismo muito grande nesse novo ato", afirma Renato Tamaio, líder do
grupo SOS Forças Armadas, que está organizando a ação em São Paulo. "Em
1964, quando houve o contra-golpe nos comunistas, ocorreram várias Marchas da
Família. Queremos repetir aquele espírito." No ato da capital paulista, os
manifestantes vão se reunir às 14h no vão livre do Masp, na avenida Paulista,
e, depois, farão uma caminhada até o Comando Militar do Sudeste, na região do
Ibirapuera, onde ficarão acampados até o dia 31 - "podendo ser
prorrogado", segundo Tamaio. Ele espera o apoio de 20 mil pessoas e tem
como base para esse número "a quantidade de gente que foi às manifestações
do dia 15 e que segurava cartazes pedindo a intervenção militar". "Não
estamos pedindo a volta do regime militar. Não queremos o fim da democracia,
pelo contrário", afirma Tamaio. "Mas os três poderes estão
corrompidos, aparelhados. Queremos que as Forças Armadas tomem o poder para,
depois, realizarmos novas eleições." Um apoiador da marcha, que pede para
ser identificado apenas como João Guerreiro (nome de seu perfil no Facebook),
disse ao iG que vários simpatizantes da iniciativa estão organizando um
bate-papo pela internet às 22h desta sexta-feira (20) para "divulgarmos
nossas ideias e valores". "Queremos a intervenção das Forças Armadas
e a valorização da Nação", diz ele. HISTÓRIA - Em 19 de março de 1964,
dias depois de um comício no qual o presidente João Goulart afirmava que faria,
entre outras medidas, uma reforma agrária com a desapropriação de terras,
alguns grupos como União Cívica Feminina (UCF) e Campanha da Mulher pela
Democracia (CAMDE), com o apoio de instituições como a Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (FIESP), organizaram a Marcha da Família com Deus pela
Liberdade, que pedia a deposição de João Goulart. A manifestação reuniu entre
300 mil e 500 mil pessoas, que caminharam entre as praças da República e da Sé,
em São Paulo. Outras marchas foram organizadas pelo País, tanto antes do golpe
militar como depois, para comemorar a tomada de poder pelos militares.
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