Perdoem-me os pedagogos e demais profissionais da educação itabunense, se adentro em seara que não é a minha. As observações aqui elencadas são de um comunicador leigo em educação e retratam, apenas, a visão de alguém amigo de uma mãe de uma criança especial, cujo desafio contínuo se acentua na busca para uma melhor integração do seu filho com a sociedade, e que não desconsidera o papel que a escola exerce nesta questão. Vez ou outra leio algum texto sobre inclusão escolar, educação e dificuldades pedagógicas em lidar com a diferença e, claro, sempre me questiono qual o caminho certo e se, de fato, as escolas promovem a inclusão desses indivíduos. As escolas em Itabuna encontram-se preparadas para receber esses novos alunos? As portas estão sempre abertas crianças e adolescentes com necessidades especiais, é verdade. Muitos freqüentam escola regular e faz parte de uma classe regular, mas e na prática, será que a inclusão acontece? Em função, talvez, de tantos instrumentos normativos que proporcionaram o movimento da inclusão, acho que a escola passou, nesse sentido, a desempenhar um papel incerto frente à diversidade: de um lado, abriu as portas aos alunos excepcionais; de outro, não se preparou adequadamente e, portanto, não oferece as condições ideais para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais. A inclusão social é absolutamente diferente de inclusão escolar. Por inclusão escolar entende-se o aluno estar integrado e membro ativo de uma sala de aula, não tendo ele de se adequar ao sistema de ensino estabelecido para crianças "normais". Porque isso implica um esforço unilateral, sobretudo de criaturas com dificuldades cognitivas. Por isso, indago: o nosso sistema padronizado permite um trabalho individualizado com um olhar na diferença? É importante que as escolas itabunenses avancem na abordagem pedagógica, inovando nos métodos de aprendizagem para esses alunos, com observância sobre as particularidades da criança. Só assim, a verdadeira inclusão ocorrerá.
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