Imbassahy é prova que nem todos os deputados são picaretas |
O
ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco voltou a confirmar que, a
partir da chegada do PT à Presidência da República, o pagamento de propinas se
institucionalizou na maior estatal brasileira. Até então, conforme declarou, o
engenheiro recebia propina em caráter pessoal. Em depoimento à CPI da Petrobras
ontem, o executivo afirmou que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu
recursos ilegais no esquema, mas disse desconhecer o destino final do dinheiro.
“O rótulo era ‘PT’”, resumiu. Entre os possíveis destinos do dinheiro sujo,
está a campanha presidencial petista em 2010. Para o deputado federal Antonio
Imbassahy, que é vice-presidente da CPI, e que por momentos presidiu a sessão,
o depoimento de Barusco foi de grande importância, principalmente por ter sido
realizado em uma sessão aberta. Imbassahy foi o responsável pelo acordo com a
defesa do depoente para que a oitiva pudesse ser pública. “No meu entendimento,
Pedro Barusco complicou ainda mais o PT, ao admitir o recebimento pessoal de
propina entre 97/98, e ao reafirmar que, a partir de 2004, ou seja, no governo
Lula, a propina passou a ser institucionalizada na Petrobras”, comentou. Em
resposta a um questionamento do deputado baiano, Barusco disse que o
estabelecimento de propinas na empresa Sete Brasil foi, na verdade, uma
continuidade do que aconteceu, durante anos, na Petrobras. A empresa foi
constituída usando recursos de fundos de pensão e com participação da própria
Petrobras. “Com certeza ainda tem muita podridão a vir a público”, disse
Imbassahy.
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