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12 de março de 2015

IMBASSAHY: “AINDA TEM MUITA PODRIDÃO A VIR A PÚBLICO”

Imbassahy é prova que nem todos os deputados são picaretas
O ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco voltou a confirmar que, a partir da chegada do PT à Presidência da República, o pagamento de propinas se institucionalizou na maior estatal brasileira. Até então, conforme declarou, o engenheiro recebia propina em caráter pessoal. Em depoimento à CPI da Petrobras ontem, o executivo afirmou que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu recursos ilegais no esquema, mas disse desconhecer o destino final do dinheiro. “O rótulo era ‘PT’”, resumiu. Entre os possíveis destinos do dinheiro sujo, está a campanha presidencial petista em 2010. Para o deputado federal Antonio Imbassahy, que é vice-presidente da CPI, e que por momentos presidiu a sessão, o depoimento de Barusco foi de grande importância, principalmente por ter sido realizado em uma sessão aberta. Imbassahy foi o responsável pelo acordo com a defesa do depoente para que a oitiva pudesse ser pública. “No meu entendimento, Pedro Barusco complicou ainda mais o PT, ao admitir o recebimento pessoal de propina entre 97/98, e ao reafirmar que, a partir de 2004, ou seja, no governo Lula, a propina passou a ser institucionalizada na Petrobras”, comentou. Em resposta a um questionamento do deputado baiano, Barusco disse que o estabelecimento de propinas na empresa Sete Brasil foi, na verdade, uma continuidade do que aconteceu, durante anos, na Petrobras. A empresa foi constituída usando recursos de fundos de pensão e com participação da própria Petrobras. “Com certeza ainda tem muita podridão a vir a público”, disse Imbassahy.

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