BRIGA DE MAIS DE 300 PICARETAS NO CONGRESSO |
A política atual no Brasil está à deriva. Sem conjectura
e muitos se aventuram à condição de salvadores da pátria, ou filhos da culta
santa inquisição. Ninguém viu, ouviu, ou soube de nada, mas o dinheiro sumiu. Há
um profundo vazio no poder político no Brasil. Mas os espetáculos
protagonizados por Eduardo Cunha, na segunda-feira, e El Cid Gomes, ontem,
mostram que ambos tiveram – e têm – a percepção de que governo e oposição estão
hoje no mesmo barco, naufragando no despautério da falta de credibilidade
ampla, geral e irrestrita. Pode parecer puro voluntarismo dos dois personagens,
em ações de bravata e falso heroísmo, mas em tempos de tamanha miséria de
lideranças no campo político, podem ser vários os candidatos a preencher o tal
vazio. Há, sim, ambiente para que se criem aventureiros de todos os gostos e
desgostos. El Cid Gomes, ontem, não perpetrou um suicídio político público.
Vejo-o, ao contrário, como quem não se sentia bem onde estava – o governo – e
rumou para algum lugar qualquer: primeiro o purgatório; em seguida, sabe-se lá.
Enfrentar as feras no território delas, em tese, levou-o ao “desterro”, como o
El Cid histórico. Mas desconfio que ele buscou o destino que alcançou. Quantos
ainda surgirão da fraqueza de Dilma e entorno e da desmoralização da oposição
(ocasional ou não)? O picadeiro mantém as luzes acesas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.