O diabo estimula a insanidade humana |
Cenas de puro barbarismo, os degolamentos filmados e divulgados pelos tresloucados integrantes do chamado "Estado Islâmico" têm provocado repulsa e multiplicado ódios e preconceitos – dos quais seus próprios irmãos de fé são as principais vítimas. A sequência mórbida de prisioneiros sendo executados covardemente exige ação, para além das respostas localizadas. O governo americano tem, indiscutivelmente, a obrigação de provar sua eficiência e supremacia e, tal como logrou tirar a vida de Osama Bin Laden, salvar as vidas de pessoas inocentes. E, mais que isso, a única superpotência desta época precisa reavaliar suas políticas de intervenção frente às áreas explosivas, como o Oriente Médio. Uma rápida análise do processo de fortalecimento de organizações ultrarradicais como o Estado Islâmico mostra que suas gêneses têm em comum algum anterior êxito militar americano. Assim foi a Al Qaeda, surgida do seio do apoio militar e econômico dado pelo governo americano aos radicais islâmicos que guerreavam contra os soviéticos que haviam intervido no Afeganistão. Dinheiro em espécie, armas, treinamento e apoio logístico direto formaram Osama Bin Laden e suas tropas durante os anos de insurgência dos Mujahedins. Quando estes venceram os enviados da Praça Vermelha, voltaram-se contra a Casa Branca – com a particularidade de já estarem infiltrados entre incontáveis militantes treinados e acolhidos pela CIA nos Estados Unidos e Europa. Daí ao 11 foi um pulo, ou um voo sem mais escalas. A política internacional da Casa Branca, e suas férreas alianças, criou e destruiu Saddam Hussein. E no vácuo deixado em seu lugar, surgem forças ainda mais tresloucadas e inteiramente fora do controle como o "Estado Islâmico" e seus degoladores. No mesmo caminho, brotam grupos ainda mais sanguinários que os ditadores por eles derrubados, como no caso da Líbia, e – na luta em curso – dos grupos que guerreiam na Síria. Em resumo, as consequências das ações ocidentais no Oriente Médio têm sido desastrosas e alimentam grupos de criminosos ainda mais nocivos que os ditadores que os antecederam. É hora de se mudar essa política suicida por algo estrategicamente mais amplo, capaz de fazer vingar as forças mais laicas e mais democráticas.
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