Leninha é prefeiturável de Itabuna em 2016 |
Parece que a política não atrai muito as mulheres em Itabuna. Isto é fácil constatar através da dificuldade dos partidos atingirem metade das vagas destinadas e exigidas pela legislação eleitoral para candidaturas femininas. Entre concorrentes majoritários a escasses do gênero feminino se acentua. Há eleições sem mulheres prefeituráveis e também existem aquelas candidaturas femininas, que são impostas por maridos e pais. Minha geração ainda não viu nenhuma mulher, que tenha se candidatado para o cargo de prefeita em Itabuna, por decisão própria. Dos 30 partidos existentes em Itabuna, apenas o DEM e o PPS não são presididos por homens. Apenas duas mulheres foram eleitas para a Câmara de Vereadores. Apenas três mulheres oculpam cargos no primeiro escalão do governo do prefeito Claudevane Leite (PRB). Poucos sindicatos, associações de moradores e organizações não governamentais são dirigidos por mulheres. A cidade nunca elegeu uma prefeita. As últimas duas eleições tiveram Juçara Feitosa protagonizando derrotas homéricas e vexatórias. Entretanto, na contra-mão destes fatos, a empresária Leninha da Auto-Escola tentará entrar para a história da política de Itabuna, como a única mulher eleita prefeita, sem ter sido imposta por parentes e aderentes e assim fazer sua foto ser fixada na galeria de todos que já foram chefes do poder executivo itabunense. Suas perspectivas são promissoras, pois as próximas eleições poderão ser polarizadas com nomes masculinos já exaustivos e rejeitados e a maioria do eleitorado é de mulheres. Seus discussos são populistas e focados na perspectiva de Itabuna ter uma mulher-mãe como detentora das decisões executivas, fundamentadas no conhecimento de causa e nas necessidades das mulheres mães. Somente Leninha possuirá em 2016, os apelos que mais deverão agradar as mulheres. Este fato poderá riscar do mapa da história de Itabuna, o estigma de que mulheres não votam em mulheres.
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