O que neste domingo aconteceu no Congresso Nacional
– Câmara e Senado – era de certo modo esperado, mas não da forma como se
manifestou, como de há muito não ocorre em tempos de democracia, depois do
sepultamento da ditadura militar. O governo Dilma e o principal partido que a
sustenta, o PT, foram esmagados na Câmara com a vitória estonteante de Eduardo
Cunha, do PMDB, que ganhou sem necessitar do segundo turno. Não foi apenas a
vitória que demonstrou a situação em que se encontra o governo da República. A
presidente de tudo fizera inclusive mobilizar seus ministros, para eleger o
deputado petista Arlindo Chinaglia, cuja votação foi desmoralizante, derrubando
o Palácio do Planalto. Esperava-se, a princípio, uma decisão em segundo turno
entre os dois principais candidatos à presidência. Quando os votos foram
contados espraiou-se a estupefação: Cunha ganhou em primeiro lugar, com
desmoralizantes 267, mais do que a metade dos votos da Câmara, contra meros 136
votos de Chinaglia e, para piorar, 100 votos de Júlio Delgado que foi ajudado
pela oposição representada pelo PSDB, que pretendia votar em Cunha no segundo
turno. Não foi uma desmoralização para o deputado derrotado, mas, sim, para o
Palácio do Planalto, para Rousseff e seu PT. De tudo foi feito para derrotar
Cunha, só não se esperava que desse justo o inverso com a desmoralização do
governo. Cunha desde o início se lançou candidato, mas não para fazer oposição
à presidente. Queria acabar com a submissão da Câmara dos Deputados ao governo
da República. O PT perdeu todos os lugares na Mesa da Câmara, e Rousseff já não
está mais em condições de impor nada ao Legislativo, ao contrário, ficará
refém, porque seus projetos só serão aprovados os que forem do interesse da nação.
Perde ainda o mando que sempre ocorreu do Executivo sobre o Legislativo, que
agora é livre. De igual maneira se observou no Senado, embora o senador Renan
Calheiros fosse apoiado por Dilma. Mas o PT, que nele votou, e o governo não
arrastaram uma palha, por estarem centrados no resultado da Câmara dos
Deputados. Deu-se que o senador, também do PMDB, Luiz Henrique, recebeu nada
menos de 31 votos, contra 49 de Calheiros, que deve estar se retorcendo em
dores o que pode considerar traição do Palácio do Planalto. O PMDB vai comandar
as duas Casas. O PT fica de fora pela primeira vez desde que chegou ao poder e,
de resto, o futuro, como se utiliza no jargão político, “a Deus pertence”. Foi
uma derrota esmagadora, total, absoluta. Por Samuel Celestino.
NÃO MAIS POSTAREMOS OPINIÕES (ANÔNIMAS, OU NÃO) – Estávamos como um dos blogs com maior quantidade de postagens de opiniões dos leitores. Nunca censuramos, ou deixamos de inserir os comentários enviados sobre nossas matérias, artigos e notícias. Inclusive aqueles que nos ofendiam, caluniavam, difamavam, injuriavam... Entretanto, tivemos diversos dissabores com pessoas enfurecidas com comentários caluniosos, que os prejudicavam, constrangiam e cujos autores eram anônimos, ou se identificavam com o subterfúgio de nomes fictícios e irreais. Diante destes fatos e das sérias consequências decorrentes destas atitudes insanas e inaceitáveis, decidimos suspender a postagem de todos comentários e esperamos contar com a tolerância e compreensão de todos, pois não temos como identificar quem são os leitores que só querem bagunçar, ou nos criar situações embaraçosas. Pesquisaremos um sistema que possamos integrar aqui, para identificar, verdadeiramente, os autores dos comentários nos enviados e assim fazer cada qual responder por eventuais ilícitos. Eventualmente, postamos as matérias em nossa página de facebook e lá é impossível a postagem de comentários anônimos e de autoria inverídica. Portanto, sugerimos este espaço para os leitores educados, bem intencionados e conscientes das consequências de tudo o que é escrito para o conhecimento público. Agradecidamente, Val Cabral.
ResponderExcluir