A suposição do atual prefeito de Itabuna, Claudevane Leite (PRB), apoiar seu vice Wenceslau Jr. para sucedê-lo, coloca o governo e o PRB em um impasse. Ou aceitam uma composição, com compromissos que serão cumpridos se, e até quando as recompensas que puderem obter forem interessantes, ou partem para um confronto e suportam as consequências – gravíssimas – de uma situação de minoria na Câmara e enfrentamento contra os sindicatos cooptados e sob controle dos comunistas. Wenceslau, por um destes "milagres do mal" que acontecem ao nosso município, tornou-se um "intocável". Denúncias, que se acumulam às dúzias contra o controle exercido por ele na Prefeitura, jamais viram escândalos. Wenceslau na administração de Vane, é como um "carrapato" político que se permite intervir às secretarias, porque se diz habilitado a resolver "problemas" em áreas onde há receio de porem-se as mãos. Um pedido de audiência, ou súbita visita de Wenceslau faz tremer os secretários. De ódio ou de prazer, conforme o caráter e as ambições de cada secretário. A atuação de Wenceslau resume-se a fazer lobbies por interesses, partidários, negociais e empresariais. Wenceslau não é comunista por ideologia e não tem ideias, tem interesses. Como secretário de Planejamento pensa tanto quanto um jumento. Não é possível afirmar que o prefeito Vane deseja dar ao seu vice a candidatura majoritária em 2016, ou se o fará apenas para reduzir-se o tamanho de sua derrota. É o preço que se paga pelo silêncio e pela ideia, errônea, de que a polêmica e a coragem de firmeza nas decisões nos enfraquece. Conceder, compor, tudo isso é necessário e é positivo, porque nos elimina a auto-suficiência no poder. Mas há um limite: aquele em que o inimigo real é o aliado. Porque se o Governo estiver com Wenceslau, o até agora intocável, será Governo. E o Governo responderá por tudo o que ele, agora o protegido da mídia, tiver revelado amanhã, quando já tiver exercido seu papel. As lágrimas de Vane por indicá-lo, poderá encher as piscinas do Itabuna, que encontra-se afogado na insignificãncia do futebol profissional, tal qual Vane sob as tempestades oriundas de um vice, que o vicia na inércia do poder.
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