Infelizmente, ainda nos dias atuais, ouvimos falar em voto de cabresto. Para conhecer a origem dessa expressão, recorremos à Wikipédia, a enciclopédia livre: “O voto de cabresto é um sistema tradicional de controle de poder político através do abuso de autoridade, compra de votos ou utilização da máquina pública. É um mecanismo muito recorrente nos rincões mais pobres do Brasil como característica do coronelismo. A figura do coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem nos candidatos por ele indicados. O coronel também utilizava outros recursos para conseguir seus objetivos políticos, tais como compra de voto, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.” E há até programas de assistência social, que são utilizados, para garantir votos aos governantes. Se parlamentares obedecerem sempre aos chefes dos poderes executivos para aprovar projetos, principalmente, de interesses pessoais, corporativos ou partidários, perguntamos: esse procedimento pode significar voto de cabresto? Se o voto de cabresto for, então, praticado nas Câmaras Municipais, onde os cidadãos têm contato mais de perto com os seus representantes, o político, que agir dessa maneira, pode ou não a vir ser punido nas urnas, mas a sua biografia, certamente, ficará manchada. Porque esse tipo de conduta dificilmente cairá no esquecimento da opinião pública mais esclarecida.
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