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14 de outubro de 2014

SEXO APÓS OS 60 ANOS

Muitos pensam que quando as pessoas chegam à terceira idade, elas perdem completamente o desejo sexual. Na prática, não é o que acontece, principalmente com a nova geração de sessentões e setentões que conseguiram se adaptar aos tempos modernos onde Viagra, reposição hormonal e a longevidade que a medicina proporciona vêm melhorando a qualidade de vida dessa faixa etária. Os idosos de antigamente tinham poucos recursos (ainda que a vontade de muitos fosse a mesma dos idosos de hoje), então, problemas com o corpo como diabetes, problemas cardíacos, respiratórios e urinários eram muito mais frequentes. Hoje, os recursos tecnológicos nos deram mais qualidade de vida e, com isso, mais capacidade para sonhar, fazer planos e se dedicar a uma vida com mais significado. Essa injeção de ânimo trouxe também a esperança de encontrar um novo parceiro(a) para aqueles que ficaram viúvos. De acordo com especialistas do Projeto Sexualidade (ProSex), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, quase 60% das mulheres brasileiras com mais de 60 anos mantêm uma vida sexual plenamente ativa. Outra pesquisa, esta dos EUA, revelou recentemente que o sexo só melhora ao longo da vida, ou seja, em um universo de 150 mulheres entrevistadas, chegou-se à conclusão de que o sexo é melhor na terceira idade. Que boa notícia, não? Envelhecer, sentir-se velho, ter medo de morrer, depressão, ansiedade e angústia são fatores que levam às dificuldades sexuais, pois geram baixa autoestima e infelicidade. Estes e outros fatores podem interferir na vida sexual de qualquer casal. É importante que homens e mulheres percebam que a atividade sexual permanece na terceira idade, havendo somente uma diminuição na sua frequência. Na terceira idade, além da satisfação física, o sexo reafirma a identidade de cada parceiro, o vínculo, a intimidade e a sensação de afeto, contribuindo para uma saúde física e emocional. Cito algumas dicas importantes para um sexo bacana nesta faixa etária dos sessentões: seja compreensivo com o parceiro. Lembre-se que ele(a) não tem o mesmo nível hormonal de antigamente; converse bastante sobre o tema (quanto mais um aprender sobre o outro, melhor); alimentação e, principalmente, hidratação são componentes que devem ser vistos como fundamentais (fazer sexo desidratado não dá!); da mesma forma, a atividade física é importante; o uso de lubrificantes poderá ser necessário (não ignore); cuidado com a auto-medicação (o uso de medicações deve ocorrer com prescrição e acompanhamento médico); perceba o sexo como uma troca entre os parceiros (é um momento de conhecimento do casal); por fim, não ache que esteja fazendo algo sujo ou errando – errado é não fazer. Faça uma boa semana. Por Dr. Telmo Diniz.

Um comentário:

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