A dirigente do Instituto Brasil, Dalva Sele, sinalizou que quer seguir em frente nas acusações contra os petistas baianos, de desvio de dinheiro público, relacionado ao programa de moradias populares, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Conforme havia prometido, ela muniu o Ministério Público Estadual (MP-BA), de alguns documentos que supostamente comprovam as denúncias feitas à revista Veja. A promotora de Justiça do MP, Rita Tourinho, disse ontem que recebeu da presidente da ONG os papéis, mas frisou que o processo vai correr em sigilo. “Vamos começar essa análise, mas a gente não pode divulgar nada ainda”, afirmou. Apesar de ter encaminhado os documentos, Dalva ainda se encontra na Suiça - Europa, de onde deve voltar somente, depois do primeiro turno das eleições. À frente do caso, a promotora afirmou que Dalva não informou a data. Os detalhes de quem foi ouvido ou dos próximos depoentes também não foram revelados pela promotora. A denunciante teria dito que têm em mãos transferências bancárias, recibos de pagamento, contratos de aluguel de veículos usados nas campanhas dos candidatos do PT em 2008 e 2010. Dalva havia confessado a origem do esquema de retirada dos recursos que seriam para a construção de casas e que acabaram sendo usados na corrida eleitoral de postulantes petistas. Conforme Dalva, o instituto movimentou R$ 50 milhões de reais desde 2004. Há dois anos o Ministério Público chegou a investigar a entidade escolhida pelo governo do Estado para construir 1.120 casas populares destinadas a famílias de baixa renda. Os recursos de R$ 17,9 milhões saíram do Fundo de Combate à Pobreza. Desse total, R$6 milhões teriam sido desviados.
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