A colheita do cacau está chegando ao fim na Bahia. A produção superou as expectativas dos produtores. Nesta época do ano, a safra é chamada de temporã. Apesar dos problemas com doenças, essa safra deve crescer 44% na comparação com o ano passado. O pé de cacau mostra que esta é a fase de cruzamento das safras. Os frutos menores, da safra principal, serão colhidos a partir de outubro. Os grandes, já maduros, são da safra temporã, que está no final. A colheita da temporã deve chegar a 78 mil toneladas. De acordo com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), haverá aumento da quantidade em relação à safra principal, que geralmente é maior. A fazenda em Itacaré, no sul da Bahia, tem 40 hectares plantados com o cacau. Na safra temporã foram colhidas 600 arrobas de cacau. Já na safra principal, a previsão é que sejam apenas 180 arrobas. A safra temporã de 2014 só não foi melhor porque o clima favoreceu a proliferação da vassoura de bruxa e da podridão parda, duas doenças causadas por fungos. O agricultor José Carlos Maltez, dono da fazenda, estima que perdeu aproximadamente 20% da safra temporã. Não é possível aproveitar as amêndoas dos frutos doentes. “Nós conseguimos um equilíbrio de receita e despesa, mas não conseguimos passar do ponto de equilíbrio para gerar resultado financeiro”, diz. A arroba de cacau está mais valorizada este ano, sendo vendida a R$ 106. No ano passado, valia R$ 80. Apesar do aumento no custo de produção por causa das doenças, o preço anima os produtores. Produtores fazem planos para agregar mais valor à produção. O agricultor José Carlos Maltez quer produzir cacau fino para produzir o próprio chocolate gourmet. Apesar dos problemas com doenças, a safra temporã na Bahia, deve crescer 44% na comparação com o ano passado.
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