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| Há quem afirme que Bené e Beto Capuxo sejam inconciliáveis e que este abraço tenha sido de Tamanduá |
Quem não gosta de um abraço? Um abraço de afeto, de apoio, de amizade ou mesmo de recepção. O abraço simboliza uma manifestação de carinho e consideração. O abraço acalma, felicita, festeja. Esta é a noção normal que temos dessa atitude de encontro entre duas pessoas que se abraçam. Entretanto em algumas ocasiões, somos surpreendidos com outro tipo de abraço, bem contrário daqueles que representam lealdade, carinho, amizade e felicitação. São os abraços armadilhas que provocam consequências danosas. São abraços usados para tirar proveito de ocasiões, para ser visto junto de uma personalidade, para se destacar em eventos sociais, para promover sentimentos de invejas, denunciar traições e falsidades. Aqueles que recebem esse tipo de abraço não têm ideia da intenção de quem o abraça. Estes são os mestres na arte de iludir. Sorriso estampado, tapinha nas costas, cheios de lábia, assim se apresentam essas figuras que costumam aplicar o “abraço de tamanduá”, como se diz na linguagem popular. Comumente são pessoas encantadoras, charmosas, convincentes, sedutoras. Essa expressão do povo resulta da analogia que se faz ao abraço do “tamanduá”. Esse animal pelas enormes patas que possui, providas de grandes unhas. Aparentemente dócil, oferece seu abraço, mas com o objetivo de imobilizar a sua presa. No aperto dos seus braços, crava as unhas nas costas de quem está sendo abraçado, causando-lhe lesões graves e muitas vezes a morte. Assim se comporta muita gente travestida de tamanduá. Seu abraço ilude os incautos e ocasiona ferimentos irreparáveis. O pior é que só percebemos que o “aparente amigo” é um “tamanduá”, quando já nos sentimos vítima do seu abraço de traição.
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