A candidata a presidente pelo PSB, Marina Silva, continuou sua série de contra-ataques aos ataques que tem recebido da petista Dilma Rousseff e do tucano Aécio Neves. Ela afirmou em comício em Porto Alegre, diante de cerca de 3 mil pessoas, que votar na presidente Dilma Rousseff "será votar na manutenção da corrupção na Petrobras, no desmonte da Eletrobras, numa saúde que não funciona, numa educação que deixa os jovens de 15 a 18 anos semialfabetizados e em 56 mil assassinatos por ano". Quanto a Aécio Neves, a ex-senadora disse que votar nele é votar na tentativa de "iludir o povo e andar para trás". Segundo ela, quem quiser corrigir os erros e andar para a frente vai votar nela. "Nós temos programa. Dilma e Aécio não têm. Nosso programa tem o passe livre para que os estudantes das escolas públicas possam andar com tranquilidade, 10% da receita bruta para a saúde", afirmou Marina. Ela insistiu que não acabará com nenhum direito social, como o Bolsa Família, o ProUni, o Pronatec e o Minha Casa Minha Vida. Pelo contrário, vai melhorá-los, disse. Marina afirmou ainda que vai acabar com a corrupção na Petrobras e que quem vai nomear diretor para a estatal não será mais o senador Renan Calheiros. A escolha dos diretores da empresa, segundo ela, será feita pelo critério técnico, se vencer a eleição. Marina afirmou ainda que o governo de Dilma Rousseff vive nas mãos de Renan, dos senadores José Sarney (PMDB-AP), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Fernando Collor (PTB-AL), além do deputado Paulo Maluf (PP-SP). Marina completou à noite, em Porto Alegre, sua passagem pelos três Estados do Sul. Ela investiu neles porque está caindo na preferência dos eleitores, de acordo com as pesquisas de intenção de votos. Ao lado do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que a apoia, Marina disse que ética, honestidade, dignidade, respeito e competência não envelhecem. "Serão eternamente jovens na figura de Pedro Simon. A renovação da política é compromisso é força de vontade. Isso não falta principalmente no povo brasileiro." Para homenagear Marina, seus apoiadores no Rio Grande do Sul exibiram o filme em que o compositor Gilberto Gil apresenta a música que fez para ela. Simon, que discursou antes de Marina, perguntou: "O que fizeram com a Petrobras? Transformaram a Petrobrás na casa da Mãe Joana. A Petrobras hoje é ridicularizada. Eleger Marina é a certeza de acabar com a corrupção no Brasil", disse ele. O público gritou: "Simon, guerreiro do povo brasileiro", um mantra que os petistas tinham criado para homenagear o ex-ministro José Dirceu, condenado no processo do mensalão. O comício foi encerrado com o Hino Nacional. Por João Domingos.
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