Um amigo de infãncia, Josué Bastos, que muito admiro, chegou da Croácia no sábado e me contou tantas coisas belas de lá que fiquei com inveja, diga-se de passagem, "inveja boa" do povo croata quanto ao que soube daquele país. Foi dominado por romanos, otomanos, venezianos etc. Sofreu terremoto, guerras (a mais recente de 1991 a 1995), regimes totalitários e, com gana, resistiu a tudo isto. Hoje vivendo do turismo e agricultura, sem indústrias, possui um povo educado e cordial (o inglês é obrigatório desde o início do primário). A minha inveja não é das vicissitudes que os afligiram, mas de como souberam superar todos esses eventos e levantar a cabeça de forma orgulhosa. Orgulhos estes, segundo Josué, que se nota quando dizem: "este monumento (igreja, parque, escola etc.) foi destruído por terremoto, reconstruído, novamente destruído na guerra, novamente reconstruído e hoje nos mostra todo seu esplendor, totalmente recuperado". E meu amigo continuou a me falar da Croácia e sobre seus rios, lagos, o mar Adriático, limpos e transparentes, podendo-se ver sua flora e fauna tão pungentes e este relato me levou a compará-los com o nosso morimbundo Rio Cachoeira e às praias de Ilhéus. E disse-me que até brincou com um colega de excursão dizendo que daria mil euros a quem encontrasse nas águas do Parque Plitvicke Jezena (Patrimônio da Unesco) com inúmeras cascatas e lagos, um copinho plástico. E Josué maravilhado disse-me que o povo croata cultiva a natureza, respeitando-a de forma impressionante. Cidades à beira- mar (Opatija, Dubrovnik) com ruas lotadas de turistas, limpíssimas. E também falou-me das autopistas por onde circulam ônibus, que são tão perfeitas que o fez imaginar estar em um avião (claro, sem turbulências). Disse-me que há um respeito imenso pelo passado, sua conservação e cuidado, monumentos, prédios destruídos na última guerra se mostram recuperados como se não houvessem passado por momentos tão devastadores. E enquanto ele falava eu novamente, comparei-os à nossa rua da Babaneira, com suas casinhas destruídas pelas últimas enchentes e que ainda permanecem sem que os seus moradores tenham resolvido seus problemas de moradia. Daí, a "inveja boa" querendo que o nosso Estado se mirasse nos croatas. Não no futebol, somos os melhores, mas poderíamos também sê-los no respeito ao que foi dito. E fiquei alegre com a maravilhosa viagem do meu amigo e triste lamentei o quanto podemos ser melhores, que os croatas e não somos. Acorda, Bahia! Acorda, Brasil! Se eles puderam, por que também não podemos?
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