Quando se fala em café conilon no
Brasil, a referência é o Espírito Santo, maior produtor do grão no país, mas
uma região no sul da Bahia, vizinha ao estado capixaba, vem se destacando. A
fazenda de José Alberto de Martins fica no município de Eunápolis. São 800
hectares de café conilon cultivado em consórcio com o mamão. As duas culturas
são plantadas ao mesmo tempo, mas quando o pé de mamão atinge um ano e meio e
diminui a produção, ele é cortado. O cafezal começa a produzir a partir do
segundo ano. Adalberto deixou o Espírito Santo há 25 anos atraído pela terra
mais barata e o clima. Hoje, o agricultor tem uma produtividade média de 80
sacas por hectare e para garantir um conilon de qualidade, ele usa variedades
clonadas e um silo secador. Parte da produção vai para um armazém instalado na
Bahia e que pertence à Cooperativa de São Gabriel da Palha (Cooabriel), com
sede no Espírito Santo. No sul da Bahia, 200 produtores são cooperados. A cooperativa
está recebendo café desde maio e como a produção este ano está 40% maior que a
do ano passado, o depósito está lotado. A Bahia é o terceiro maior produtor de
café conilon do país, fica atrás do Espírito Santo e de Rondônia. Os irmãos
Salvador também saíram do Espírito Santo, onde já plantavam café conilon, há
oito anos. Clauzimar, Idemárcio e Idervan têm 18 hectares de cafezal. Eles usam
12 clones diferentes da variedade vitória e ferti-irrigação na época de adubar
a lavoura. Este ano, que choveu bem, a produtividade está o dobro da média da
região: 120 sacas por hectare. Eles explicam que tiveram que rever os velhos
conceitos de manejo para chegar a este resultado. Quem dá assistência técnica é
o agrônomo da Cooabriel, Vicente Thomaz. (Globo Rural).
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