Marco Prisco foi solto na madrugada desta quarta-feira (4) depois que
os advogados do vereador pagaram a fiança do parlamentar no valor de R$ 21.720.
De chinelo e bermuda, Prisco deixou Complexo Penitenciário da Papuda, no
Distrito Federal, onde foi preso no dia 18 de abril, um dia após o fim da greve
da Polícia Militar no estado. Prisco foi solto por volta das 2h, acompanhado
por seus advogados. Ele deve retornar para Salvador ainda hoje. Agora, Prisco
não poderá sair da capital baiana sem autorização prévia da Justiça. Além
disso, ele está proibido de ter contato com pessoas ligadas às associações de
PMs, frequentar quartéis e participar de manifestações. Segundo o advogado
Vivaldo Amaral, em Salvador, Prisco retomará suas atividades na Câmara de
Vereadores, mas terá de se recolher ao anoitecer. Os finais de semana dele também
serão passados em casa. Nesta terça-feira (4), o ministro Ricardo Lewandowski,
do Supremo Tribunal Federal (STF), indefiriu a liminar impetrada pelo
procurador–geral da república, Rodrigo Janot, contra a decisão do juiz da 17ª
Vara Federal da Justiça baiana, que revogou a prisão de Marco Prisco. O
vereador responde ação penal por atos que teria praticado durante a greve da PM
em 2012, seguindo a Lei de Segurança Nacional. Janot defendia em sua liminar
que o juiz federal que revogou a prisão não poderia ter tomado a decisão. Ele
disse ainda que a liberdade do vereador é uma "contínua ameaça à
coletividade", citando a participação dele na greve da PM de 2014. Mas o
ministro Lewandowski optou por manter a decisão do magistrado da Bahia. O
ministro considera que não há necessidade de conceder liminar para revogar a
decisão e diz que o caso será analisado depois que o magistrado for ouvido.
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