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2 de junho de 2014

ABSTENÇÕES PREOCUPAM TSE

O desencanto do eleitor com o processo de escolha de seus políticos é, ao mesmo, um dos problemas reconhecidos por juristas e pela própria Justiça Eleitoral, e a causa de um outro: o baixo comparecimento às urnas. No Brasil, o voto é obrigatório. Mesmo assim, os índices de abstenção, proporcionalmente, são maiores que o de países em que votar é facultativo. Ou seja: fica à escolha de cada cidadão. E além do impacto disso para a cidadania, a abstenção dá prejuízo aos cofres públicos, de onde saem os recursos que vão custear a realização de cada pleito: do carregamento à distribuição das urnas eletrônicas, do treinamento, deslocamento e alimentação, a todo o processo jurídico para que se conheça os eleitos e para que sejam diplomados. Dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2010, R$ 195,2 milhões foram gastos com eleitores que não foram às urnas. No entanto, na própria divulgação, o tribunal não menciona de que maneira seria computado o prejuízo; o que leva à conclusão de que seria o valor orçado para processamento de votos do total do eleitorado brasileiro. Mas, somente no segundo turno, 29 milhões de eleitores deixaram de votar. Naquele ano, havia em todo o País cerca de 135 milhões de eleitores. Somando os dois turnos, 34 milhões se abstiveram. Ou seja: seria algo como alguém promover um evento, dar uma festa, calcular o número de convidados e fazer as compras prevendo esse total. Mas ao final receber quantidade bem menor de convivas. Ainda de acordo com a pesquisa do TSE, nas últimas eleições gerais (para presidente, senador, governador, deputados federais e estaduais), o prejuízo no primeiro turno foi de R$ 89,3 milhões e, de R$ 105,9 milhões, no segundo.

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