Aos nove anos de idade, as crianças costumam ter medo de monstros, que
permeiam a imaginação infantil, principalmente, depois de uma sessão de filme
de terror ou ao apagar das luzes. Mas o monstro que atormentava o jovem W.S.A.
era real e vivia sob o mesmo teto que ele. Na voz, o sentimento de revolta do
jovem, hoje com 20 anos, devido aos abusos cometidos pelo filho da madrasta, à
época um adolescente de 14 anos, é explícito. “Quando se é abusado por alguém
que você conhece e está bem próximo, o medo é bem maior, você passa a viver sob
um domínio maligno. Ele, para mim, era um monstro e eu tinha medo de contar
para alguém porque era ameaçado de morte, inclusive, ele estudava na mesma
escola que eu e tinha várias amizades, muitas delas com pessoas erradas, que
poderiam fazer algo comigo se ele ordenasse”, relata o garoto. As sessões de
terror eram minuciosamente planejadas pelo agressor. “Quando a mãe dele saía
para trabalhar, ele pedia para ficar em casa, sozinho comigo, ou seja, fez todo
um círculo para poder me trancar. Isso me dava uma grande tristeza, porque eu
estava na minha casa, a casa de meu pai, e tinha que passar por tudo aquilo”,
lembra. W. revela que, por conta dos abusos, tornou-se uma criança
introvertida, não gostava de sair e tinha perdido até o interesse pelos
estudos. Hoje em dia, não tem medo e nem vergonha de falar para a família o que
aconteceu. No entanto, por medo, não denunciou o agressor, que foi morar em São
Paulo e nunca mais voltou. À mãe biológica, que sofre de esquizofrenia, o jovem
implorou para que não fizesse denúncia. “Sempre fica uma cicatriz, mas eu quero
é esquecer o passado, com o tempo”, testemunha ele, que diz se solidarizar
quando vê no noticiário casos de crianças e adolescentes sofrendo abusos ou
sendo sendo explorados.
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