Visivelmente
impactado, o presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Joaquim
Barbosa, declarou que os jovens infratores internados nas cidades brasileiras
vivem em “jaulas”. Considerando o vigor da expressão do ministro (também)
presidente do Supremo Tribunal Federal, pode-se considerar “amena” sua
declaração, pois é evidente sua indignação com o que está ocorrendo com
apreensões de jovens infratores no país. Como bem constata, “a situação nas
unidades de internação de menores em todo país é de completa insalubridade e as
mesmas não têm condições de permanecer da forma como se encontram”. O
presidente do CNJ e do STF esta exigindo mudanças urgentes no sistema. “Tenho
dúvidas se esses menores podem ser recuperados. Na verdade, não acredito que,
com essa estrutura, eles possam ser ressocializados. Creio que a violência é
fomentada pela realidade dessas unidades”. Este é o quadro. O governo assinala
para a possibilidade de melhor o sistema, com reformas e construções de novas
unidades. Apesar de algumas mudanças físicas possam ser implantadas sobre um
sistema apodrecido conceitualmente, tais alterações, apesar de virem a
proporcionar menos sofrimentos aos internados em suas unidades, a
ressocialização – que é a questão central – exige bem mais que celas menos
insalubres. Ressocializar, recuperar, reeducar têm se transformado em termos
vazios quando aplicados à realidade de menores e/ou de maiores apenados. O
sistema, como um todo, recuou ao medievalismo. A barbárie tornou-se a prática
comum entre as grades, quer seja nas penitenciárias quer seja nas novas
denominações usadas para identificar os centros de internação de infratores de
todas as idades. Os menores infratores, aqueles que, teoricamente, teriam mais
condições de serem recuperados são, certamente, os mais sofridos; posto, desde
idade menor, vêm-se sugados pelo caminho sem volta ao serem trancafiados em
unidades avançadas de ensino criminal, pois é nisso que são convertidas essas
insalubres jaulas – na verdade, apenas a face exposta de um sistema falido.
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