Os números da segurança pública em Itabuna são
alarmantes, mas a truculência e inabilidade de alguns policiais mostram que
existe algo ainda pior que a insegurança em si, a sensação de insegurança. A sensação
de insegurança se relaciona com vários fatores, não apenas com número absoluto
de crimes. Assustam mais, por exemplo, os crimes acontecidos perto de casa, os
ocorridos à luz do dia e os praticados por agentes, que deveriam promover o
combate ao crime. As diversas pesquisas realizadas sobre o tema mostram,
contudo, que os locais onde a população se sente mais insegura são aqueles onde
essas informações não são divulgadas. O pior medo é o do desconhecido. A mera
divulgação de detalhes sobre a criminalidade pode, sozinha, diminuir a sensação
de insegurança. Entre esses dados, o mais importante é a separação dos crimes
praticados por policiais do conjunto das demais ocorrências policiais. O que
amedronta mesmo o cidadão de bem é ser vítima de violência por parte de quem
deveria protegê-lo; os outros crimes; homicídios, aqueles de briga de bar, da
violência doméstica ou de quando os bandidos se matam entre si, não deixam as
pessoas com medo de sair de casa. É claro que todos os crimes devem ser
investigados e punidos, mas destrinchar essa vital informação sobre a natureza
de cada ação criminosa de policiais já ajudaria muito. A construção de um
ambiente mais tranquilo para os itabunenses. Cada cidadão tem o direito de
saber o perigo que lhe açoita. Informar o número anual da violência deve ser
meta urgente. Para o futuro, ficaria a discussão sobre revelar ou não a
localização, horário e outros detalhes das ocorrências. O estado de São Paulo,
por exemplo, tem 12 assassinatos por dia, mas os paulistanos não têm medo de
andar na rua. Se fossem 24, o número absoluto continuaria o mesmo, mas a
sensação de insegurança do pai de família trabalhador duplicaria. Quantos,
entres os mais de 150 homicídios que acontecem em Itabuna a cada ano, possuem
seus autores identificados? Seja lá qual for a resposta, ela será bem-vinda. O
pior cenário é continuar na ignorância, e no medo.
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