O ano que se encerra foi marcado pelas ruas cheias,
muito trabalho para órgãos de
segurança pública e, principalmente, para os políticos brasileiros. Em 2013, o
brasileiro ocupou as ruas em uma reivindicação que começou por 20 centavos e
virou grande luta por melhores serviços públicos. A mobilização mexeu com
parlamentares, presidência e ecoou na imprensa internacional. Com a
Copa do Mundo se aproximando, as
notícias de gastos milionários com estádios Brasil afora coincidiam com alguns
governos anunciando o aumento nas passagens de ônibus. Em São Paulo, a tarifa
aumentaria de R$ 3 para R$ 3,20; no Rio de Janeiro, de R$ 2,75 para R$ 2,95. Os
protestos começaram a se multiplicar por todo o Brasil às vésperas
da Copa das Confederações. Em Brasília, os ecos de paulistanos e
cariocas se refletiram rapidamente. Manifestações começaram com dezenas de
pessoas e, de repente, contavam com milhares na Esplanada dos Ministérios.
O dia 17 de junho marcou uma das cenas mais emblemáticas do momento vivido no
país: centenas de jovens ocupando as rampas e as cúpulas do Congresso Nacional
gritavam por um país melhor enquanto a polícia observava e guardava a entrada
do prédio. Dias depois, milhares de jovens e famílias lotaram o gramado em
frente ao Congresso. Foram cerca de 30 mil pessoas com faixas, bandeiras e
cartazes pedindo saúde, educação e transporte de qualidade. Era um movimento
sem partido - apenas o cidadão comum se queixando do tratamento que lhe
dispensavam gritando suas dificuldades, angústias e carências. A essa altura,
os brasileiros já figuravam nos jornais do mundo. Nas ruas, a polícia
se equipava e agrupava, preparada para
verdadeiras batalhas. E isso acabou ocorrendo em alguns momentos. Excessos dos
dois lados ocorreram em várias cidades e confrontos entre policiais e
manifestantes se tornaram frequentes. Era comum falar em depredações, balas de
borracha e bombas de gás. No meio desse turbilhão, a imprensa registrava cada
detalhe enquanto, por vezes, era hostilizada por manifestantes e agredida por
policiais. Em vários momentos, a Copa das Confederações ficou de lado
na rotina do país. A população pautava a mídia e os protestos por mais
investimentos em serviços públicos de qualidade ecoou na política brasileira.
Enquanto o Congresso debatia a origem e a finalidade de tudo que ocorria, a
presidenta Dilma Rousseff foi a público elogiar a iniciativa popular e condenar
a violência. “Os manifestantes têm o direito e a liberdade de questionar e
criticar tudo. (…) De defender com paixão suas ideias e propostas, mas precisam
fazer isso de forma pacífica e ordeira. O governo e a sociedade não podem
aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e
privado (..)”, disse na ocasião. Na ocasião, o Congresso ensaiou uma
reforma política, que ainda não saiu do papel. De concreto, apenas o recuo no
aumento das passagens. Recentemente, parlamentares reconheceram não terem
atendido o apelo popular e decisões políticas e eleitorais ficaram para 2014,
ano de Copa do Mundo, e sobretudo, eleições.
NÃO MAIS POSTAREMOS OPINIÕES (ANÔNIMAS, OU NÃO) – Estávamos como um dos blogs com maior quantidade de postagens de opiniões dos leitores. Nunca censuramos, ou deixamos de inserir os comentários enviados sobre nossas matérias, artigos e notícias. Inclusive aqueles que nos ofendiam, caluniavam, difamavam, injuriavam... Entretanto, tivemos diversos dissabores com pessoas enfurecidas com comentários caluniosos, que os prejudicavam, constrangiam e cujos autores eram anônimos, ou se identificavam com o subterfúgio de nomes fictícios e irreais. Diante destes fatos e das sérias consequências decorrentes destas atitudes insanas e inaceitáveis, decidimos suspender a postagem de todos comentários e esperamos contar com a tolerância e compreensão de todos, pois não temos como identificar quem são os leitores que só querem bagunçar, ou nos criar situações embaraçosas. Pesquisaremos um sistema que possamos integrar aqui, para identificar, verdadeiramente, os autores dos comentários nos enviados e assim fazer cada qual responder por eventuais ilícitos. Eventualmente, postamos as matérias em nossa página de facebook e lá é impossível a postagem de comentários anônimos e de autoria inverídica. Portanto, sugerimos este espaço para os leitores educados, bem intencionados e conscientes das consequências de tudo o que é escrito para o conhecimento público. Agradecidamente, Val Cabral.
ResponderExcluir