Unanimidade é condição que
nenhuma liderança pode almejar, mas talvez Nelson Mandela tenha sido, nos
últimos séculos, quem mais se aproximou desta impossibilidade. Protagonista de
uma complexa história de lutas, Mandela soube, como poucos, fazer política sob
as realidades mais desfavoráveis e suportar radicais mudanças de conjuntura sem
que tenha sido alcançado, com severidade, por quaisquer ondas contrárias. Em
sua militância política, não titubeou em organizar uma facção voltada para a
luta armada. Preso e processado, Nelson Mandela recusou todas as ofertas de
liberdade condicionadas a sua renegação ao direito dos oprimidos em pegar armas
para reagir ao opressor. E, depois de 27 anos de prisão em regime
fechado, chegou ao poder sem nunca ter disparado um tiro ou mesmo ter ordenado
tal ação. Apenas, como diríamos por aqui, nunca “se afrouxou”
perante os adversários e sempre se posicionou com língua afiada na defesa das
suas ideias. Sem medo de arranhar a raríssima quase unanimidade, Nelson Mandela
nunca embarcou nas ondas “da moda” do oportunismo internacional. Como, por
exemplo, nunca deixou de reconhecer a ajuda (política e material) que Kadhafi
havia dado à luta contra o apartheid, recusando-se a entrar no coro dos que
pediam a cabeça (e conseguiram) do líder líbio. Mandela conseguiu encarnar a
máxima da “firmeza com flexibilidade” de forma magistral. Como o velho
marinheiro, cantado no samba brasileiro, conseguiu levar o barco em meio à
tempestade, superando os enormes obstáculos para o real exercício do poder
pelos negros nativos num país onde a economia é (ainda) propriedade de uma
grupo (branco) hostil e belicoso. “Madiba” – apelido pelo qual era reconhecido
entre os seus – se foi deixando a certeza (no mundo todo) do dever cumprido. Partiu,
em paz, legando um exemplo memorável de luta aberta contra as injustiças.
Mandela:Seu nome é liberdade.Fonte inesgotável de inspiração para os que lutam e acreditam num melhor!!!!!!!
ResponderExcluirNelson Mandela foi um grande homem. Ele influenciou a história do mundo inteiro. Sua luta se tornou conhecida e admirada por todo o mundo. Este dia é triste para todos. Descanse em paz, Nelson Mandela.
ResponderExcluirO Buda, ao admoestar um certo rei que se preparava para fazer guerra a um reino vizinho, disse-lhe a seguinte frase: “Se o senhor combater o ódio com ódio, quando é que terminará o ódio?”.
ResponderExcluirNunca saberemos se Mandela conhecia ou não este ensinamento búdico. No entanto, melhor do que ninguém ele o colocou em prática quando tomou posse como Presidente eleito.
Instou seu povo, de esmagadora maioria negra, a não retribuir o ódio aos brancos, dos quais foram vítimas durante décadas.
Em lugar de retribuir ódio ou vingança... criou campeonatos de jogos de cricket entre brancos e negros.
E finalmente conseguiu que ambas as etnias se irmanassem num só povo.
Não somente a África do Sul, mas toda a Humanidade acaba de perder um grande e verdadeiro Homem.
Que descanse em Paz.
Não acredito que fosse santo ou perfeito, mas Mandela é um dos meus heróis e um dos poucos que tive oportunidade de conhecer vivo (embora, obviamente, não pessoalmente). Será que um dia teremos um Mandela no Brasil? O melhor brasileiro que eu vi em vida foi o Ulysses Guimarães, que também devia ter defeitos. O Ulysses deveria ter sido presidente.
ResponderExcluirJuscelino Pires de Magalhães
Primeiro Presidente Eleito democraticamente conduziu seu País a uma DEMOCRACIA. Belo exemplo a ser seguido!!! Merece o nosso respeito!
ResponderExcluirAna Paula Borges de Badaró
Val Cabral, você que sabe escrever, que lida bem com as letras, escreva um post explicando para os cabecinhas o que é lutar pela democracia através da vida desse homem, Mandela, com o que é pegar em armas para roubar um banco, fazer terrorismo, praticar sequestro através da vida de Mariguela. Bora Val Cabral, explique aos cabecinhas de jaca...
ResponderExcluirJacinto Nobre de Almeida Jr.
Se nos atrevêssemos a comparar Mandela, um grande líder que mudou seu país de dentro de um presídio, que chegou a presidência pobre e faleceu humilde, com certa figura da nossa república que também acha que mudou nosso pais, as diferenças seriam abissais. Mandela foi um líder nato, forjado pela coragem e pelo amor à pátria enquanto que o outro, um espertalhão pobre que ficou rico e que junto a velhacos, tramam para se eternizarem no poder.
ResponderExcluirRildo
Podemos afirmar sem qualquer sombra de dúvida que, Mandela foi o grande exemplo de líder e o político do século. Não podemos e não devemos compará-lo a políticos brasileiros pois, a desonestidade, o cinismo debochado e a mentira deslavada nunca foram requisitos de formação do seu caráter e de seu perfil de político. O mundo perde uma das maiores figuras, senão a maior, de sua história recente. Que a sua abnegação em defesa da paz e dos humildes sirva de exemplo aos líderes mundiais. Que a sua história fique gravada na memória daqueles que ainda possuem um resquício de bom senso e que lutam para transformar o planeta Terra em uma casa onde todos os povos possam viver em harmonia sem a dominação de uns sobre os outros. Que Deus o acolha em seu Reino, e que o seu espírito um dia dia possa reencarnar em algum ser que venha a reeditar a linda passagem nesta mundo.
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