DOIS SUICÍDIOS HOJE EM ITABUNA, ME FIZERAM REFLETIR SOBRE O HOMICÍDIO DE SI MESMO

Ocorreram dois suicídios nesta quarta-feira (18) em Itabuna. Na delegacia da cidade, Josenaldo Araújo de Oliveira, 30 anos, praticou suicídio por enforcamento. Familiares contaram que ele surtou, após perder R$ 20 mil em jogo de azar. Ele estava preso no Complexo Policial de Itabuna e a causa da prisão não foi informada. Já José Amparo de Assunção, 32 anos, morreu ao dar entrada no Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães. Ele pulou do 4º andar de um prédio, no bairro da Mangabinha. Familiares contaram que a vítima estava com depressão. Ele entrou no quarto correndo, na manhã de hoje e pulou para a morte. Estes fatos me despertaram comentar hoje no rádio, meu conceito de que um dos crimes mais trágicos que o homem pratica é sem dúvida o suicídio; esse abominável homicídio de si mesmo. Aliás, somente quem não é religioso e estupidamente fraco, comete crime dessa natureza. Muitos suicidas dizem-se religiosos, mas na verdade não são, porque todas as religiões condenam essa loucura repugnante. A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo. Ou seja, por ano, um milhão de indivíduos decidem tirar a própria vida. Atualmente, 55% destes têm menos de 45 anos idade - em 1950, por outro lado, 60% dos suicidas eram mais velhos que isto. Os dados são de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). O suicídio é a terceira causa de morte mais recorrente entre as pessoas de 15 a 44 anos. Já entre os jovens de 10 a 24 anos, o suicídio constitui a segunda maior causa de morte. Os fatores que determinam uma tentativa de suicídio são múltiplos e variados - psicológicos, sociais, biológicos, culturais e ambientais -, mas, generalizando, a OMS afirma que as desordens mentais (depressão e uso desproporcional do álcool, especialmente) são um fator maior de risco na Europa e nos Estados Unidos, enquanto nos países asiáticos o impulso "representa um papel essencial". Em geral, as mulheres realizam mais tentativas de suicídios do que os homens, mas estes são mais efetivos porque usam métodos mais radicais (como armas de fogo ou pesticidas) do que elas, que abusam de remédios. Na maioria dos casos, as pessoas que os cometem eram previamente "vulneráveis", e a pressão só exacerbou a situação. Perante isto, a OMS recomenda atuações multidisciplinares, como a formação do pessoal de educação e saúde, a restrição do acesso aos métodos (pistolas, pesticidas, remédios), "cuidar" da apresentação pública dos casos (evitar publicá-los na imprensa), entre outros.