A popularidade de Dilma
Rousseff é maior do que a média dos governadores, e mais alta do que a dos
prefeitos. Isto é um fato! Não é uma mera questão de competência. Se é nas
cidades que os problemas se materializam, as prefeituras são o elo mais fraco
da gestão pública: têm menos recursos e menor autonomia. Tome-se como exemplo a
mobilidade urbana. Na última década, o governo federal fez da venda de
automóveis uma política de estado. Subsidiou, financiou e esimulou o
transporte individual o quanto pode. Mais do que a casa própria, o ícone da
ascensão social foi outro: meu carro, minha vida. O status sobre rodas
alavancou o consumo, a popularidade presidencial e os congestionamentos. Em
apenas dez anos, a frota nacional mais do que dobrou. Itabuna possui hoje as
mesmas ruas de 40 anos atrás, mas atualmente deve contar com 40 vezes mais
veículos. São 60 mil veículos circulando na cidade. E isso sem contar a frota
flutuante que vem dos arredores diariamente. Sem uma só rua a mais. O problema
não é só do prefeito itabunense. É de quase todos os governantes das cidades
brasileiras. Contra essa inundação rodante, o prefeito é o que menos pode. Ele
não controla a produção nem a venda de veículos. Não lacra nem têm poder de
polícia para retirar de circulação os carros sem licenciamento ou que não pagam
os devidos impostos. Isso caberia aos governadores, mas que vantagem estes
levariam em guinchar os veículos de potenciais eleitores? Se o trânsito
melhorasse, quem sairia ganhando seria o prefeito. Mesmo que alguém fizesse
algo a respeito, para onde levar a frota que circula irregularmente por
Itabuna? Seria necessário um estacionamento do tamanho da avenida Azziz Maron
para abrigar todos os recolhidos diariamente. Não é acaso que a popularidade do
prefeito é menor na periferia. Os eleitores ali são mais críticos porque nesses
os problemas são mais complexos e difíceis de solucionar. O prefeito acaba
pagando o preço mais alto: seu saldo de popularidade é sempre mais negativo. A
fragilidade do prefeito é uma oportunidade, especialmente, para a presidente.
Gastos cada vez maiores em programas de alta popularidade nas cidades menores,
como Bolsa Família e Luz para Todos, permitiram a Dilma ter um saldo de
aprovação três vezes maior no interior do que nas capitais. Nas cidades médias
e grandes, o buraco é mais embaixo - mas aí a presidente divide a conta com
prefeitos e governadores, e ainda paga menos.
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