Prefeitura Itabuna

Câmara

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22 de dezembro de 2013

A MORTE DO CAPITÃO AZEVEDO, VÍTIMA DE ATAQUE CARDÍACO



É sempre tudo muito parecido: uma história que ninguém sabe exatamente de onde saiu passa de boca em boca e, em questão de horas, se tanto, com os devidos acréscimos e bordados, vira verdade verdadeira. É o boato, um dos mais assíduos freqüentadores de conversas, em toda parte e de todo tipo de gente. Costuma crescer feito bola de neve em situações de tensão e ansiedade. E pode murchar como um balão furado assim que alguém se dá ao trabalho de conferir o rumor antes de passá-lo adiante, o que porém raramente acontece. Às vezes, sobrevive a todas as checagens - e aí vira lenda. Um exemplo clássico que correu Itabuna à fora, por se referir a uma celebridade foi o da morte hoje do ex-prefeito Capitão Azevedo, que chegou a manchete em blogs e espalhou-se feito erva naninha nas redes sociais. O Capitão Azevedo, naturalmente, está vivo da (Zé) silva - mas nem isso iria convencer os partidários da teoria do passamento do capitão, como aqueles que acreditam que suas contas reprovadas o deixariam morto para as próximas eleições. Mas o boateiro não é uma pessoa diferente das demais ou coisa que o valha. Não há quem, com maior ou menor convicção, não tenha sido cúmplice da difusão de uma história, geralmente envolvendo gente famosa, sem ter a menor idéia se era verdadeira ou não. Ou, o que ainda é mais comum, sem se perguntar se o boato não teria sido plantado de propósito por alguém interessado em beneficiar-se da circulação da notícia falsa. Passar adiante um boato, em suma, parece parte da condição humana. Muitos boatos nascem de um mal-entendido. Alguém tira uma conclusão errada do que vê, lê ou escuta, confunde um gesto ou uma frase, e pronto - faz brotar uma inverdade que, levada às últimas conseqüências, pode envenenar a reputação de pessoas inocentes antes mesmo que fiquem sabendo dos rumores em que caíram. Pois nem sempre o reino da verdade se restabelece com igual rapidez. Como no episódio da “morte” do capitão Azevedo, há boatos que resistem, impávidos, aos mais contundentes golpes da realidade. Mas uma coisa todos eles têm em comum: sua fonte primária é sempre anônima. Rastrear a origem de um boato é tarefa tanto mais difícil quanto maior e mais complexo for o ambiente social onde ele surgiu.

Um comentário:

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