Parece óbvio dizer que é na cidade que as pessoas
nascem, moram, mantêm seu círculo de amizade, trabalham, constituem família,
enfim, é nela que vivemos e fincamos nossas raízes. Essa relação
tão próxima entre as pessoas e as cidades ocorre com todos nós, independente do
credo, renda, escolaridade, nacionalidade e querer. Por isso as cidades são
também consideradas a porta de entrada das demandas da população. A
Constituição Federal de 1988, ao estabelecer que a República Federativa do
Brasil, é formada pela união indissolúvel dos municípios, estados e Distrito
Federal, o fez com os objetivos de construir uma sociedade livre, justa e
solidária, de garantir o desenvolvimento nacional, de erradicar a pobreza e a
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, de promover o
bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação. Portanto, entende-se que, para além da
definição de responsabilidades e competências constitucionais, os Entes
Federados deveriam ter, através do Pacto Federativo, uma relação de parceria e
estreita colaboração, uma justa repartição de riquezas entre os Entes, como
meio de alcançar os objetivos nacionais. Decorridos vinte e cinco anos da
promulgação da nossa Constituição, o que se constata, no entanto, é que
os constituintes, no afã de descentralizar programas outrora de
responsabilidade da União, transferiram aos municípios uma significativa
parcela de ações de Programas, em todas as áreas, notadamente na Saúde,
Educação e Assistência Social. Essa descentralização ou municipalização,
compõe uma equação de difícil solução, especialmente em desfavor dos
municípios, pela evidente descompensação entre o volume de
responsabilidades que lhes foram atribuídas e suas efetivas participações no
produto da arrecadação das receitas públicas, concentrado, em sua grande
maioria, em favor da União. O certo é que, a cada dia, aumentam as demandas dos
munícipes em relação à prestação de serviços nessas e em outras
áreas, ficando os Gestores municipais com a responsabilidade de
compatibilizar as metas e prioridades da sua administração com a implementação
de ações impostas em nível nacional para as quais, muitas vezes, sequer são
consultados da sua pertinência e prioridade para o município, e que não
consideram, em sua maioria as peculiaridades regionais e locais. Num quadro de baixa capacidade de
geração de receitas próprias, resta aos municípios que não detêm autonomia
financeira, buscar recursos suplementares, junto aos estados e à União, para
possibilitar a construção de escolas, creches, unidades de saúde, etc., através
das denominadas transferências voluntárias. Ressalte-se que esses recursos,
quando disponibilizados, destinam-se à ampliação do patrimônio público, ficando
a administração municipal responsável pelo custeio da contrapartida, da
manutenção dos equipamentos públicos, da contratação de novos profissionais
para atender a população. Esses custos decorrentes da expansão da ação
governamental devem ser, necessariamente, recursos próprios, por força de
dispositivos constitucionais, que vedam a transferência voluntária de recursos
da União e dos estados para os municípios, para pagamento de despesas com
pessoal. A baixa arrecadação de receita própria dos Municípios, decorrente de
uma economia ainda incipiente, aliada aos limites impostos
pela Lei de Responsabilidade Fiscal, especialmente na área de pessoal,
coloca o Gestor diante de uma situação, no mínimo desconfortável e
preocupante. De um lado as demandas crescentes da comunidade, de outro a
escassez de recursos e uma legislação que precisa ser revista, especialmente a
Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei das Licitações. É necessário que o Congresso Nacional
priorize debates acerca do papel que os Municípios exercem no cenário
Federativo, sob pena de pecar pela omissão e não compromisso com os Governos locais.
A Reforma das reformas, a meu juízo, é a revisão do Pacto Federativo, onde o
município possa exercer de fato e de direito o seu papel de relevância na
vida política e administrativa do País, deixando de ser o ente federativo
enjeitado para cumprir o seu papel de protagonista das melhorias de vida das
comunidades locais.
Tem cidades interioranas que estão se tornando grandes polos industriais! Mas tem umas também... Só Jesus para ter misericórdia!! Acho que cidades pacatas devem ganhar mais atenção do governo, pois ha muita gente sofrida!
ResponderExcluirJuscelino Dias
Grande parte dos municípios brasileiros se sustenta a partir do imposto gerado pelas grandes e industrializadas cidades que é dividido a partir da população das cidades,ou seja tanto vale uma cidade de 100 mil habitantes industrializada como uma de 100 mil não industrializada,as mesmas vão receber o mesmo valor do governo federal,e como pequenas cidades que não tem industria e não arrecadam impostos ficam a merce da prefeitura que quando é corrupta não passa o dinheiro para o povo gerando assim a falência.
ResponderExcluirVANE E WENCESLAU ESTÃO COMENDO MUITO E ENQUANTO ISSO, O POVO NÃO ESTÁ COMENDO NADA... JÁ NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES ELES VÃO VER O QUE É BOM PRA TOSSE!!!!
ResponderExcluirEDMILSON NUNES
Como explicar a população tributos, se os políticos publicamente afirmam que dão ao povo!- Quando deveria explicar que prestam um serviço pelos impostos recebidos pela população. Cria se na mídia uma imagem distorcida do uso do dinheiro publico, como se vivessemos de favores dos políticos, tirando seu dinheiro para dar a população por serviços de obrigações e que deveriam ser exemplos do uso e aplicações corretas sem desvios (sujeitos a punições exemplares). O desligamento das instituições educacionais da política, talvez ajudasse a ampliar o entendimento do que é favor e o que é obrigação; O que é direito e o que é dever, Logo somos desprovidos das informações básicas nas escolas,formando alienados e facilitando as lavagens corruptíveis e desvios constantes nas varias esferas do poder, sem reação do contribuinte que mantem esta estrutura criminosa.
ResponderExcluirEsta matéria é sempre importante. A questão central é: como reduzir a carga tributária de maneira realista e conseguir passar pelos lobbys e interesses de governos estaduais, municipais, sindicatos e outros grupos que vivem pendurados no "dinheiro do povo"? Como desarmar esta bomba? Como tirar a obrigatoriedade da contribuição sindical, das contribuições ao Sistema S e mesmo a obrigação de votar no Brasil?
ResponderExcluirSe com pouco dinheiro os prefeitos estão ricos,imagine com mais grana hein?????
ResponderExcluirBebeto
O que nos deixam estupefatos é a cara de pau dos governantes e politicos dando desculpas esfarrapadas pros gastos em interesses próprios infelizmente o brasileiro tem memória curta e qdo. vem as eleições esquecem tudo e votam nos mesmos; olhem a cara dos politicos é sempre as mesmas figurinhas carimbadas!
ResponderExcluirO Excelentíssimo Ministro-Presidente do Supremo Tribunal Federal, Dr. Joaquim Barbosa é motivo de grande orgulho de toda a sociedade brasileira! Julga os autos com toda a sabedoria de um grande magistrado nos termos da lei. Representa-nos o verdadeiro patriotismo da nação! É otimizante para seguirmos o exemplo do Meritíssimo Doutor! A sábia agilização dos feitos da ação 470 (mensalão), pelas atitudes e decisões corajosas, evitando assim, a prescrição das penas dos réus condenados foi graças à sua firme atuação como Presidente da máxima corte do Poder Judiciário. Data máxima vênia, nossos efetivos e leais respeito ao grande e Excelentíssimo Magistrado-Presidente que muito nos honra! Obrigado Doutor Joaquim Barbosa, evidentemente símbolo de patriotismo otimizante a toda a sociedade brasileira!
ResponderExcluirACHO QUE A PREFEITURA É QUE DEVERIA TER MAIS RECURSOS, POIS OS PROBLEMAS DO POVO ESTÃO NA CIDADE E NÃO NO ESTADO, OU NA UNIÃO... CONSEQUENTEMENTE, É NA CIDADE QUE DEVE TER MAIS CONDIÇÃO DE AJUDAR AS PESSOAS.
ResponderExcluirLÚCIA NOVAIS