Focalizando alguns aspectos da minha cidade, e analisando
os temas que abordamos todas as vezes que estamos diante do computador com a
mesma finalidade, um fato surgiu apresentando-se como tempestivo, qual seja os
dez anos do Estatuto do Idoso(Lei 10741/03), sancionado pelo então Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva em 01/10/2003, contendo 118 artigos, estabelecendo a
obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Publico, ou seja,
de assegurar à pessoa com idade igual ou superior a 60 anos, com absoluta
prioridade, efetivamente, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à cultura,
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao
respeito e à convivência familiar e comunitária. Percebe-se, de logo, que o
estatuto cerca o idoso dos direitos fundamentais do ser humano, somente com um
ingrediente a mais: COM ABSOLUTA PRIORIDADE. Essa prioridade, para que não
restem dúvidas do que manda a lei, também é definida no artigo 114, combinado
com o parágrafo único, inciso I do artigo 3, consolidando-se como “atendimento
preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados,
prestadores de serviços à população “. Muito bem! Só que o referido
instrumento, legalmente instituído, aqui em Itabuna passa bem longe dos poderes
públicos e da própria sociedade. Ocorre que a divulgação de tais direitos não
tem sido feita por quem deveria, nem tampouco o seu cumprimento esteja sendo
acompanhado ou sequer fiscalizado. Senão vejamos: O Conselho Municipal do Idoso
de Itabuna foi literalmente silenciado pelo poder publico municipal que não
cumpre com as suas obrigações, negando a esse importante instrumento o direito
de funcionar. Em Itabuna vagas para os idosos em locais apropriados para
estacionarem seus veículos, conseguidas a muito custo em 2008 por esse mesmo
Conselho, não tem sido devidamente fiscalizada e o idoso é quem menos as usa,
além de ser em número reduzidíssimo, não correspondendo ao que manda o
estatuto; o transporte coletivo é outro Deus nos acuda, com motoristas
proferindo palavras degradantes e ofensivas, deixando-os nas ruas sem terem a
quem apelar; na saúde, então, não há o menor respeito pelos idosos, alguns até
indo a óbito por falta de assistência, pois trinta, sessenta ou mais dias para
conseguir uma consulta ou mesmo fazer um exame laboratorial não é assistência,
é abreviar-lhe a existência; os famigerados caixas exclusivos ou prioritários,
não passam de uma afronta à Lei, é uma discriminação ao idoso, merecedor da
devida investigação pelo Ministério Público, Procon e etc. Os bancos, grandes
mercados, postos de saúde, casas lotéricas e tantos outros que praticam essa
ilegalidade, estão literalmente zombando, ironizando com as pessoas idosas. Além
de todos os aspectos aqui apresentadas, surgem com maior preocupação à
convivência familiar conturbada, o exercício da cidadania precário, sem falar
no acesso ao esporte e lazer. Infelizmente em Itabuna não há ninguém para
levantar a voz, com autoridade, em defesa dos idosos. Talvez esse seja um tema
palpitante para um debate com as autoridades, aí sim, em defesa do cidadão que
no dia a dia se vê obrigado a conviver com uma situação considerada
desesperadora. Ao completar dez anos de sancionada a Lei 10741/03, o idoso não
tem muito a comemorar. Pouco ou quase nada foi feito. Consideramos que ainda há
muito para fazer por quem foi responsável pela construção do nossa cidade e que
hoje está relegado aos maus tratos, com renda degradante, verdadeiramente
humilhante, e tendo seu estatuto boicotado justamente por quem deveria
cumpri-lo. A população idosa em nossa cidade cresce consideravelmente, daí
esperamos que as autoridades itabunenses voltem suas vistas nesse sentido, ou
seja, reconheçam os direitos adquiridos por estes cidadãos e cidadãs que
merecem respeito. De qualquer sorte nesse 1º de outubro levamos o nosso abraço
e parabéns as pessoas idosas de nossa cidade e, sobretudo a esperança de que
logo sejam respeitados. (Ornan Lapa Serapião dos Santos é filho de Itabuna,
servidor publico federal aposentado,administrador de empresa, professor e
sindicalista).
ESSE ORNAN SERAPIÃO É UM GUERREIRO. MERECE NOSSOS APLAUSOS POR TUDO O QUE TEM FEITO EM BENEFÍCIOS DOS IDOSOS EM ITABUNA
ResponderExcluirEDMILSON SOARES DE LEMOS
Uma tia de uma amiga minha desabafou agora há pouco tempo pelo telefone.
ResponderExcluirEu fiquei chocado com o que ela me falou: disse que sua sobrinha, a qual, mora com ela bateu nela algumas vezes.
Eu fiquei arrasado.
O pior é que ela pediu pelo sangue do Senhor Jesus para que eu nao comentasse com ninguem.
Depois do desabafo disse que eu sou a unica pessoa que sabe disso agora e disse que confiava em mim e acreditava que eu guardaria esse segredo.
Eu sinceramente nao sei o que fazer.
Denunciar seria um desreipeito a minha promessa.
Vou tentar intermediar de outra forma.
A moça que maltrata esta senhora, tem 33 anos.
É adotiva, deixada na porta da casa dela depois de um dia de nascida. Nao ajuda em nada em casa.
Juliano Cordeiro
Maus tratos é todo ato, único ou repetitivo, ou até omissão velada, que pode acontecer com a pessoa idosa, onde ocorre dano ou incômodo. Por isso denuncie essas pessoas que ficam maltratando os idosos.
ResponderExcluirSou estudante de Enfermagem, e acredito que é uma covardia agredir pessoas idosas, temos que respeitar as diferenças e dar valor as experiências de vida que podemos adquirir através das mesmas.
ResponderExcluirO que muitos esquecem é que um dia também serão idosos, e precisaram de ajuda, mesmo aqueles de maior poder aquisitivo! O dinheiro apenas retarda, mas a velhice é como a morte, uma certeza. E quem é o ser humano que nunca precisou de ajuda! Muitos abandonam seus pais quase no fim da vida, as vezes (e eu entendo), por cansaço, por não saber lidar como certas situações (como é o caso do alzeimer), mas o que pesa a velhice em si ou tudo o que um pai ou uma mãe fez por um filho durante a vida, pela luta, etc, mesmo aqueles que não tiveram a ajuda devida de seus pais, que foram maltratos, não devem trata-los de maneira incorreta, pois a condenação é vivenciada por ele. Muitos se mobilizam apenas quando veem os noticiários de maus tratos a idosos pela televisão, telejornal etc. Mas esquecem que por tras dessa situação existem vários outros casos, que não tem a cobertura completa de um noticiário e temem pelas suas vidas... A teoria é belíssima, e coerente, é adequada, supri todas as necessidades do idoso, garantias, direitos etc. Mas e na prática, que tipo de atitudes temos tomado com relação ao Estatuto do Idoso, eles merecem tratamento diferenciado sim, e não para discrimina-los mas sim para ampara-los.
ResponderExcluirOtávio Batista de Freitas
Algumas pessoas se esquecem que a idade chegará para elas também, é uma pena que existam pessoas capazes de maltratar um idoso.
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