Quando pensamos em educação dos
filhos, parece que é uma coisa simples e fácil, que desenvolvemos na prática do
dia a dia, mas infelizmente não é assim que funciona. A responsabilidade que
temos em relação à educação de uma criança é um grande desafio. Ela tem início
já na gestação e nos primeiros meses depois do nascimento. O cuidado com
alimentação, higiene, saúde, sono e outros fatores fazem parte da educação,
pois desde então estamos ensinando aos nossos filhos amor, ética,
responsabilidades e valores. Conforme a criança cresce, além de todos os
cuidados que devemos ter, é função dos pais e/ou responsáveis impor limites.
Com isso, entra em cena o temido “NÃO”. Uma palavra tão pequena, de apenas três
letras, mas como é difícil dizê-la; mais difícil ainda é manter-se firme na
decisão negativa! Em razão de trabalhos e afazeres diários, muitos pais não
veem seus filhos praticamente o dia todo e, como forma de suprir essa ausência,
permitem a eles fazer o que quiserem, pois se sentem culpados por não
participar da rotina das crianças. Isso sem contar com o receio que pais muitos
têm de serem tachados de “autoritários”, “conservadores”, com medo de
reproduzir a educação repressiva que receberam. Com isso, acreditam que estão
educando adequadamente. Portanto, o não às vezes é necessário, mas alguns
cuidados são necessários. Pense bem antes de negar algo ao seu filho. Uma vez
decidida, a imposição deve ser mantida. Ceder ao choro ou à chantagem fortalece
ainda mais a criança, que cada vez mais irá insistir, chorar, fazer birra, pois
ela sabe que, ao final, conseguirá o que deseja. Ela está te testando. Ceder é
a fórmula para a criança crescer achando que as pessoas estão no mundo para
realizar seus desejos. Pai e mãe devem sempre estar de acordo em relação
às decisões sobre os filhos. Quando não houver consenso, o casal não deve
discutir na frente da criança. Se ela perceber que os pais não estão se
entendendo sobre determinada situação, ganha ainda mais força para aquilo que
deseja, pois percebe a vulnerabilidade deles. A maior dificuldade nisso tudo é
que fazer a criança entender que, enquanto ela ainda é pequena, pode ter
(alguns) de seus desejos satisfeitos, mas que, na escola e, futuramente, no
trabalho, as coisas não serão assim. Na escola, a criança se socializa
mais rapidamente e acaba aprendendo que existem outras crianças no mesmo espaço
e que regras e limites são necessários. Devemos lembrar que a escola é um
aliado, e não uma substituição dos pais. Lembre-se: o “não” também é uma forma
de amor! Dizer não aos filhos é um modo de demonstrar amor e carinho, além de
ensiná-los que a vida impõe limites o tempo todo, querendo eles ou não. Com
isso, eles serão poupados de maiores sofrimentos por serem “mimados” ou
“imaturos” e, nos momentos de decepções e frustrações que surgirão ao longo de
suas vidas, saberão como lidar e conduzir da melhor forma essas situações.
Quando eu decidi ter filhos, não "poupei" a vara. Sem ela não poderia tê-los.
ResponderExcluirJanete Fontes da Silva
Toda criança precisa e espera de seus pais determinação de limites e regras amorosas bem claras.
ResponderExcluirÉrika Andrade Flores
Por não disciplinarem seus filhos é que muitos se tornam rebeldes, desobedientes aos pais e professores.
ResponderExcluirDesde quando umas palmadas vão matar uma criança? Claro, disciplinar é diferente de espancar.
ResponderExcluirSabe o que eu acho rídiculo... vejo crianças de 12 anos batendo nos pais, e os pais o que fazem, nada? Antes os pais disciplinando os filhos, do que presenciar cenas ridículas como estas.
Antigamente meu pai me dizia que apenas com um olhar o filho já entendia o recado. E agora, que está tudo liberado, está uma bagunça.
Eu já apanhei e não morri, e também não fui parar no hospital. Sou grato aos meus pais pela repreensão, caso contrário, no que me tornaria?