WAGNER USA SAÚDE PARA CHANTAGEAR ITABUNA

Como um indigente abandonado em estado terminal, a saúde pública em Itabuna pede socorro. Os hospitais abarrotados, as clínicas conveniadas com excesso de pacientes, os planos de saúde incapazes de atender à demanda – tudo isso expõe uma situação crítica onde a carência assistencial denuncia, sobretudo, o descaso do governo do Estado da Bahia, que teima em negar atendimento a milhares de sulbaianos. Tudo funciona (ou deixa de funcionar) em cadeia: o governo não destina os recursos necessitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os planos de saúde incham e o sistema hospital ar entra em colapso. O SUS, um sistema concebido para funcionar como modelo assistencial, não resolve porque paga uma miséria aos médicos e aos hospitais. Então, quem pode, minimamente, corre para uma operadora de plano de saúde um setor que parece – ao menos aqui em Itabuna – despreparado para atender o aumento da demanda. A saúde pública estava ruim mesmo quando o governo municipal comandava a Gestão Plena, pelo menos em tese. Com o governo Wagner usurpando a administração da alta e média complexidade, a situação só fez piorar, até porque nada foi feito para melhorar o setor. A impressão que se tem, no entanto, é que o governo força a barra e parece interessado em ver o quadro se deteriorar para demonstrar que o SUS e a saúde pública em geral não funcionam sem a permanência do PT no governo do Estado. A isto se chama chantagem,  irresponsabilidade, desumanidade e maquiavelismo.